Sesc SP

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Notas da Programação

Foto: Pedro Jackson.
Foto: Pedro Jackson.

Oficina Adinkras e Light Painting: representação de símbolos africanos por meio da luz, com os fotógrafos Jordana Braz e Pedro Jackson, no Sesc Santo André, dias 6 e 20/10
 

Criação em evidência

PALESTRAS, OFICINAS, CURSOS E OUTRAS ATIVIDADES NO SESC SÃO PAULO FOCAM EM PROTAGONISTAS NEGROS E NEGRAS NAS ARTES E NA CIÊNCIA

A física estadunidense Shirley Ann Jackson desenvolveu o primeiro identificador de chamadas telefônicas. Já o químico Oswaldo Luiz Alves é uma das grandes autoridades brasileiras em nanotecnologia. Separados por milhares de quilômetros, ambos têm em comum o fato de serem cientistas e pesquisadores negros que, como inúmeros colegas, permaneceram por muito tempo desconhecidos. Essa realidade fez com que, na terceira edição do Tecnologias e Artes em Rede, realizado pelo Sesc São Paulo em unidades da capital, do interior e do litoral, a programação se dedicasse às Tecnologias Negras.

O objetivo das atividades realizadas em outubro – palestras, oficinas, intervenções, performances, entre outras – é dar vazão à efervescente produção de artistas, pesquisadoras(es), intelectuais e mestres nos campos das artes visuais e das tecnologias. Busca-se estimular a difusão de práticas educativas não formais, pautadas pelo princípio da equidade. Dessa forma, demarca-se um espaço democrático de discussão sobre campos presentes nas culturas negras, tais como: Tecnologias e Ancestralidade; Tecnologias Digitais e Contemporâneas; Utopias, Distopias e Afrofuturismo; Tecnologias Invisibilizadas e de Resistência; Estética, Crítica e História da Arte.

“No Brasil e no mundo, as contribuições de pessoas negras às artes visuais e às tecnologias estabeleceram percursos fundamentais, mas que, infelizmente, foram sistematicamente invisibilizados. Pesquisadores e artistas negros e negras, no entanto, têm logrado cada vez mais espaço e transformado essa realidade. A terceira edição do Tecnologias e Artes em Rede procura destacar esse protagonismo”, enfatiza Juliana Braga de Mattos, gerente de Artes Visuais e Tecnologia do Sesc São Paulo.
 

Pesquisadores e artistas negros e negras têm logrado cada vez mais espaço, e a terceira
edição do Tecnologias e Artes em Rede procura destacar esse protagonismo

JULIANA BRAGA DE MATTOS, gerente de Artes Visuais e Tecnologia do Sesc São Paulo

 


Mohau-Modisakeng Inzilo. Divulgação.

Comunidades Imaginadas

A partir de 10 de outubro, o Sesc 24 de Maio recebe a 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil, realizada pela Associação Cultural Videobrasil e pelo Sesc São Paulo. Sob direção artística de Solange Farkas e curadoria de Gabriel Bogossian, Luisa Duarte e Miguel López, esta edição recebe o nome Comunidades Imaginadas e propõe uma investigação sobre preocupações comunitárias e formas alternativas de constituir comunidades. Com título emprestado de um texto clássico do cientista político e historiador estadunidense Benedict Anderson (1936-2015) sobre a origem e a difusão dos nacionalismos, a mostra pode ser visitada pelo público até 2 de fevereiro de 2020.

 

Centenário Waldorf

Em uma parceria com a Faculdade Rudolf Steiner, durante os dias 17 e 18 de outubro será realizado o Congresso Internacional Pedagogia Waldorf: Os Desafios na Contemporaneidade, no Sesc Santo Amaro. Nesta atividade, que neste ano celebra o centenário da fundação da primeira escola Waldorf, idealizada pelo educador, filósofo e artista austríaco Rudolf Steiner (1861-1925), em Stuttgart, na Alemanha, serão levadas reflexões sobre uma pedagogia colocada em prática em todo o mundo. No congresso, profissionais vinculados ou não a essa linha pedagógica, atuantes nos ambientes formais e não formais de ensino, públicos ou privados, abordarão a educação nos dias atuais.

 

O Sesc Avenida Paulista recebeu, no mês passado, o Selo de Acessibilidade, que atesta que a edificação é adequada para pessoas com deficiência. O selo foi concedido pela Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) e emitido pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED).

 

Saber + Fazer

Quem são as mulheres que bordam, tecem e preservam saberes e fazeres tradicionais da cultura brasileira? Na exposição EntreMeadas, no Sesc Vila Mariana, a curadora Adélia Borges reúne o trabalho de algumas dessas mestras do estado de São Paulo que se dedicam às linhas, fios e fibras como materiais para produções artesanais e artísticas. Crítica, historiadora de design e autora de Design + Artesanato: O Caminho Brasileiro (2011), Borges ainda apresenta as narrativas que estão costuradas no trabalho dessas artesãs, além de tencionar conceitos como: autoria, obra de arte, arte utilitária e popular. A exposição entra em cartaz dia 15/10 e se estende até 9 de fevereiro de 2020.


Divulgação.

 

 


Foto: Manny Iriarte.

A segunda edição do Sesc Jazz, de 8 a 27 de outubro, reúne artistas de quatro continentes para mostrar a produção atual em apresentações e atividades formativas. São 81 shows com atrações de 12 países e 17 atividades formativas, em 12 unidades do Sesc. Um dos destaques é o trompetista Arturo Sandoval (EUA/Cuba) e seu jazz com suingue cubano.

 

Dramaturgias para crianças

A dramaturgia para o público infantil deixou de adotar repetidas fórmulas e ganhou novos enredos e formatos adaptados às questões da infância hoje. Para compreender esta cena, a segunda edição do Dramaturgias, no Sesc Ipiranga, promove o Ciclo de Leituras Inéditas para Crianças. Neste mês, os autores Ângelo Brandini, Rhena de Faria e Carlos Canhameiro vão dirigir a leitura de peças que ainda não foram encenadas. Ao final, vão mediar um bate-papo entre artistas e público. Ainda na programação, de 15 a 25/10, Ângelo Brandini dará o curso Dramaturgia para Crianças.

 

Fora do quadrado

Neste mês, o Sesc Campo Limpo realiza a 12ª Mostra Cultural da Cooperifa, evento de literatura e arte que reúne bate-papo, shows e atividades voltadas para questões da periferia. Entre os destaques da programação, no dia 23/10 será realizada uma conversa com o poeta Sérgio Vaz e a escritora Djamila Ribeiro. Nesta edição, também será celebrado o 18º aniversário do Sarau da Cooperifa, pioneiro na disseminação da poesia que nasce nas periferias e que se tornou referência para iniciativas da capital paulista e de outros locais do Brasil.

 

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