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Notas da Programação
Semana Mundial do Brincar
PROGRAMAÇÃO ACOLHE AS DIFERENÇAS EM DIVERSAS AÇÕES REALIZADAS NA CAPITAL, LITORAL E INTERIOR DO ESTADO
Foto: Karla Priscila.
De 25 de maio a 2 de junho, o Sesc São Paulo realiza pelo sétimo ano a Semana Mundial do Brincar, projeto que convida toda a sociedade para reflexão e debate sobre a importância imprescindível do brincar na vida humana. Promovida no Brasil pela Aliança pela Infância desde 2009, esta edição tem como tema O Brincar Que Abraça a Diferença.
“O brincar pressupõe um deslocamento das coisas como elas nos são dadas – pedra que vira gente, folha que vira pássaro, galho que vira condão. Reconhecer semelhanças em um mundo dotado de diferenças. Essa capacidade se encontra também na origem do conhecimento humano, da cultura e da experiência de alteridade”, explica Tatiana Koschelny, assistente técnica no Núcleo de Infâncias e Juventudes, da Gerência de Estudos e Programas Sociais.
Durante uma semana, todas as unidades do Sesc no estado realizarão vivências, oficinas, contações de histórias, performances, espetáculos, entre outras atividades. Todas elas voltadas para bebês e crianças de 0 a 6 anos, bem como adultos que os acompanham e interessados nas questões da primeira infância.
A proposta é resgatar o brincar da cultura popular, promover a diversidade cultural e possibilitar o livre brincar. “Assim, o brincar seria o nascedouro da alteridade, tão imprescindível para a construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática, que abraça as diferenças”, complementa Tatiana, que também é psicóloga e mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP).
O BRINCAR SERIA O NASCEDOURO DA ALTERIDADE, TÃO IMPRESCINDÍVEL PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE JUSTA, IGUALITÁRIA E DEMOCRÁTICA, QUE ABRAÇA AS DIFERENÇAS
TATIANA KOSCHELNY, assistente técnica da Gerência de Estudos e Programas Sociais do Sesc São Paulo.
NA TRILHA DE HOMERO
Foto: Paulo Camacho.
Estreia no dia 2 de maio, no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, o espetáculo O Agora Que Demora, uma coprodução Brasil e Bélgica, com a participação do Théâtre National Wallonie-Bruxelles. Pela perspectiva da câmera da diretora carioca Christiane Jatahy, a história de exilados contemporâneos, impedidos pelas provações do pensamento de um amanhã. Guiada da Palestina para o Líbano, da Grécia para a África do Sul, Jatahy faz deste o segundo ato de uma obra que teve início com Ítaca. Entre teatro e cinema, o público é convidado à imersão da diretora pela obra do poeta grego Homero (Odisseia) e relatos de refugiados.
SE LILITH FOSSE UMA DEUSA VIVENDO NOS DIAS DE HOJE, SUA FORÇA SERIA CONHECIDA NOS QUATRO CANTOS DO MUNDO, GRAÇAS ÀS SUAS FIÉIS. É COM A MITOLÓGICA ‘PRIMEIRA MULHER’, CRIADA ANTES DE EVA, QUE A PEÇA SOROR QUER REATAR LAÇOS
LEANDRO NUNES, no jornal O Estado de S. Paulo, sobre o espetáculo Soror, que fica em cartaz no Sesc Ipiranga até 5/5.
VIRADA CULTURAL
Dias 18 e 19 de maio as unidades do Sesc na capital paulista participam da Virada Cultural, ação realizada em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Serão 24 horas de programação cultural gratuita, marcada pela diversidade. Em cada unidade um tema diferente norteia a agenda de apresentações musicais, atividades em cinema e literatura, espetáculos de teatro, circo e dança. No Sesc Avenida Paulista, o tema deste ano será “TV de tubo” e vai relembrar atrações da década de 1980 no Brasil. Já o Sesc Belenzinho celebra as manifestações culturais baianas – destaque para show da banda Olodum.
TERRITÓRIO DIVERSIDADE
Foto: Paulo Camacho.
Durante este mês, o Sesc Consolação realiza passeios, cursos e debates que buscam valorizar a diversidade cultural e populacional presentes na Vila Buarque e arredores do bairro. Com o nome de Território Diversidade, o projeto realiza no dia 15/5 um bate-papo sobre resistência cultural e social com Suelaine Carneiro (Geledés), Leila Stunges (Centro de Referência da Diversidade) e Carmen Silva (Movimento Sem Teto do Centro). Já no dia 25, o coletivo LGBTT.ME propõe uma caminhada por mais de 10 pontos da região central da cidade, marcados por episódios importantes da história da comunidade LGBTT paulistana.
NORDESTE-SE
Foto: Bispo do Rosário/ Divulgação.
Sob curadoria de Bitu Cassundé, Clarissa Diniz e Marcelo Campos, a exposição À Nordeste chega ao Sesc 24 de Maio no dia 16 de maio com um conjunto de obras que falam sobre passado e presente de múltiplas formas de ver o Nordeste brasileiro. A mostra ainda levanta questões importantes, como debates sobre regionalismo, tropicalismo, tradições, urbanismo, natureza e outros aspectos dessa região do país. Ao todo, serão expostas 200 obras de 90 artistas, divididas em dez núcleos centrais que se ramificam e se interligam. Dessas obras, 12 foram produzidas especialmente para a exposição.
BASTIDORES DA MÚSICA
Recém-lançado pelas Edições Sesc São Paulo, o livro Vozes do Brasil, de Patricia Palumbo, reúne uma coletânea de entrevistas realizadas pela jornalista em uma nova edição revista e ampliada. Para o leitor, é como estar tête-à-tête com o artista favorito e descobrir seu processo criativo, expectativas, medos, dores e alegrias de uma vida dedicada à música e poesia. Entre os 33 entrevistados, Elza Soares, Luiz Melodia, Cássia Eller e Rita Lee. Um recorte temático com representantes da MPB contemporânea, mas também com artistas de outras frentes e estilos musicais.
Foto: Tony Genérico.
Neste mês, a fotografia de Haroldo Palo Jr. e de Tony Genérico (foto) abrem asas em duas exposições individuais no Sesc Interlagos, durante a programação do Avistar Brasil 2019 – um dos mais importantes eventos de observação de aves da América Latina