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Oriente-se pela arte

Passado e presente da história da China narrados
por objetos que vão da tradicional cerâmica ao vestuário


No noticiário, a China sempre é citada por sua economia ou população a perder de vista. A civilização contínua mais antiga do mundo, considerada a maior potência econômica do século 21, também abarca o maior mercado de smartphones. Segmento que responde pela venda de, aproximadamente, um terço dos aparelhos do planeta.

Mesmo sob o reinado de apelos tecnológicos, neste país o passado não está tão distante. Muito pelo contrário, como explica a autora de China: Uma História em Objetos (Edições Sesc, 2018), Jessica Harrison-Hall. Ao todo são sete mil anos de objetos, os quais contemplam arquitetura, arqueologia e arte, como a tradicional cerâmica chinesa. Graças à produção em grande escala, desde os períodos mais primordiais, é possível estudar a história desse país por meio de peças remanescentes e de descrições textuais de artigos que já se perderam.

“Há uma relação quase íntima com os tempos idos que pode ser muito distinta das concepções ocidentais de história. Por vezes isso foi visto como reverência servil ao passado. Contudo, tais críticas não compreendem o essencial: ao registrar e estudar o passado, até mesmo ao recriar estilos antiquados, a China construiu uma superestrada metafórica que a conecta ao presente”, relata a autora.

Encantados por tais tesouros, muitos veem a China como um cenário a ser desvelado. Por isso, o livro convida os leitores a embarcar em textos e imagens: uma viagem por diversas e sucessivas dinastias, reinos e outros arranjos sociopolíticos do país e, ao final, descobrirem de que forma os chineses imprimiram características tão particulares em diversos espectros da arte.

 



Memória ilustrada

Livro traz como fio condutor peças
que registram a cultura do país

China: Uma História em Objetos (Edições Sesc, 2018, 352 páginas), da pesquisadora britânica Jessica Harrison-Hall, traz à baila uma coleção de imagens para narrar o desenrolar desta nação, desde o período neolítico até o presente. O percurso histórico se faz guiado pelo teatro chinês, artes decorativas, vestuário, joalheria e movelaria. Ordenados de maneira cronológica, os capítulos e a seleção de imagens são
um convite a desbravar o desconhecido. 

 

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