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Universalidade: Uma forma de democratização cultural

Danilo Santos de Miranda
Diretor Regional do Sesc São Paulo

A ideia de cidadania pressupõe que as pessoas possam desfrutar de um determinado espaço compartilhado democraticamente, ou seja, há um fundamento de igualdade e de liberdade neste conceito. No entanto, há que se assegurar uma universalidade que permita este exercício, tendo em conta as diferentes condições de acesso de cada indivíduo em sua singularidade. Trata-se de acolher a diversidade, considerando-a num espectro igualitário de oportunidades.

Há uma série de movimentos para reduzir as barreiras físicas e simbólicas que impedem o processo inclusivo de pessoas com deficiência. Além do debate crescente, há uma produção de conhecimento que busca apreender estas adaptações e propor medidas pragmáticas que passam por aspectos espaciais, pela contemplação da multisensorialidade e pela acessibilidade atitudinal, que aborda as relações humanas, que independem de equipamentos e talvez seja um dos pontos de maior influência no processo inclusivo. Ainda que haja muito a ser feito, uma série de experiências relacionadas à cultura, educações e mobilidade podem inspirar e referenciar outras iniciativas. Uma das formas oportunas de compartilhar esses saberes é a realizações de um encontro como o seminário Modos de Acessar: Deficiência e Cidadania.

Posto que o trabalho de educação para a diversidade desenvolvido pelo Sesc é perpassado, entre outros elementos, pela democratização cultural, tais ações se revestem de caminhos possíveis para uma formação sensível ampliada e para um estímulo convivência mútua entre os diversos públicos.