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O potencial turístico de São Paulo

Rodolfo Konder
Um futuro compartilhado com a América

O Mercosul é definitivamente o nosso destino. Assim decidiram os deuses – e a geopolítica, mas posso garantir que eles não foram cruéis conosco em sua unânime decisão. Ao contrário, agiram com generosidade e merecem nossos agradecimentos.

O Mercosul será nosso meio de transporte para a economia globalizada e para o século XXI, que André Malraux definiu como "o século da cultura".

Nas praias de Montevidéu, às vezes banhadas pelas águas salgadas do Atlântico Sul, às vezes pelas águas doces do Rio da Prata, ou nas calçadas da Avenida 18 de Julho, batidas pelo Minuano, ou na Plaza de La Independencia descobre-se uma cidade charmosa, discreta e civilizada. Um pouco adiante, rio acima, há uma fantástica cidade térrea, elegante e sensual - Buenos Aires - sempre azul na primavera com suas largas e arborizadas praças alegres, avenidas movimentadas, excelentes restaurantes, cafés tradicionais, lojas de todos os tipos, livrarias abarrotadas, modernos shoppings centers, museus, teatros, o Teatro Cólon, as ruas francesas da Recoleta, os calçadões de Puerto Madero, as madrugadas agitadas sem medo e sem violência. Mas, no interior do continente, Assunção é a menor e mais pobre das três capitais, porém não decepciona os que a visitam, oferecendo-lhes sempre boa comida e muita cordialidade.

Montevidéu, Assunção e Buenos Aires deixaram de ser cidades estrangeiras, na velha acepção do termo. Montevidéu já não é exclusivamente uruguaia; Assunção não pertence mais apenas aos paraguaios e Buenos Aires já não cabe por inteiro na alma dos argentinos. Elas agora também são nossas. Colorem nossas vidas e ampliam nossos horizontes. Poderemos nadar mais livremente na praia do carrasco e teremos Augusto Roa Bastos e Jorge Luis Borges como autores que honram a nossa leitura. A nova nação, vista de maneira moderna, inclui Uruguai, Paraguai e Argentina - e nos torna atraentes, mais criativos, mais heterogêneos e ricos aos olhos do resto do mundo.

Aqui em São Paulo, a Secretaria Municipal de Cultura já havia realizado, em 1993 e 1994, uma Mostra de Artistas Plásticos (Paraguai, Uruguai e Argentina) e uma Mostra de Filmes Argentinos no Centro Cultural. Com a oficialização do Mercosul, criamos o nosso Núcleo Mercosul Cultural; trouxemos a São Paulo a Filarmônica de Buenos Aires, que se apresentou, com grande sucesso, no Parque do Ibirapuera e no Teatro Municipal; lançamos no Centro Cultural o livro Soñadoras, Coquetas e Ardientes, do argentino Daniel Cherniavsky; apresentamos palestra do professor Cláudio Montoro sobre El Español de Argentina y El Lufardo e exibimos o show de tangos La Música y El Baile Porteños. Realizamos ainda o importante encontro de escritores do Mercosul com 30 convidados latino-americanos e 40 escritores brasileiros; trouxemos a Grande Orquestra de Tangos de Buenos Aires; fizemos um encontro de Corais do Mercosul e levamos o Balé da Cidade à Argentina, além do megaevento Mercosul Cultural, com 123 atrações, durante 45 dias. Vale mencionar que já começamos a nos beneficiar com a parceria, inclusive recebendo o empréstimo (aluguel simbólico) dos figurinos das óperas Ëugene Oniéguin e Don Giovanni, o que representou expressiva economia para a Prefeitura de São Paulo.

Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil subiram até o presente pelas águas do mesmo rio. Viveram experiências semelhantes, enfrentaram os mesmos monstros da conquista e do autoritarismo. Exibem cicatrizes comuns e memórias igualmente dilaceradas. Possuem valores compartilhados e redescobriram juntos a democracia e a liberdade. Agora devem caminhar lado a lado, de maneira fraterna e solidária, porque os ardis do destino criaram para todos eles um futuro comum e indivisível.

Rodolfo Konder é secretário da Cultura do município de São Paulo


Ricardo Castello Branco


Turismo de negócios: São Paulo é a grande força da América Latina

Capital da cultura, lazer, gastronomia e, principalmente, de negócios, São Paulo é uma grande cidade turística e o maior centro de eventos da América Latina. Cerca de 53,8% dos turistas que visitam a cidade vêm a negócios e 35,2% a lazer.

A capital paulista possui infra-estrutura de Primeiro Mundo, encontrando-se na cidade excelentes hotéis, restaurantes, museus, cinemas, teatros, parques, vida noturna sofisticada e serviços comparáveis aos melhores do mundo. Além disso, acontecem em São Paulo os grandes eventos, feiras, exposições, concertos nos parques da cidade, shows com os maiores nomes da música popular brasileira e internacional, comemorações folclóricas, atividades esportivas, festas comunitárias e o Carnaval, evento que está se tornando o principal atrativo do País.

Como centro de turismo de negócios, São Paulo se mantém fiel à sua vocação de se transformar e crescer, melhorando continuamente sua infra-estrutura urbana e de serviços públicos, aperfeiçoando seu potencial receptivo turístico e diversificando sua produção cultural, de entretenimento e lazer.

Para que São Paulo amplie o seu potencial turístico é fundamental investir na divulgação da cidade, através de uma campanha maciça feita através dos órgãos responsáveis pelo turismo em parceria com a iniciativa privada e os meios de comunicação de massa.

Ricardo Lopes Castello Branco é diretor-presidente da Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo


Sérgio Mamberti


São Paulo deve assumir sua vocação de capital de serviços

A cidade de São Paulo é a capital cultural do Brasil. Gastronomia, teatro, cinemas, em nenhum outro local existem tantas opções de qualidade. Mesmo assim, a cidade não é um ponto turístico tradicional, a exemplo de Paris e Nova York, onde a potencialidade turística é explorada ao máximo.

Já existe uma consciência de que o perfil industrial de São Paulo está passando para o de uma cidade de serviços. Para que a capital torne-se um ponto turístico de expressão, esse é um ponto fundamental, de maneira a objetivar as atrações já existentes.

A vocação de capital de serviços precisa ser reforçada por uma política da administração pública mais específica nesse sentido, como estímulo junto à sociedade em geral. Não basta apenas investir no turismo, mas também em todos os setores da cidade que estão direta ou indiretamente ligados à atividade.

Para que a cidade explore seu perfil turístico são necessárias iniciativas inovadoras. Um exemplo é o projeto do Banco Real do qual participo. Um teatro de 1200 lugares será construído junto ao Hotel Transamérica, como um novo espaço que acolherá grandes espetáculos e eventos. É um centro de atividade cultural acoplado à atividade hoteleira, transformando o hotel em um pólo cultural.

Mas, apesar de iniciativas como essas, a participação do Poder Público é fundamental. Enquanto tradicionais problemas da capital não forem solucionados, não será possível alcançar êxito na empreitada. A questão do transporte público é primordial em uma cidade turística. Se o estado caótico do trânsito e dos transportes coletivos em São Paulo hoje faz com que os próprios moradores tenham dificuldade em se deslocar pela cidade, para os turistas a tarefa é ainda mais árdua. O investimento no transporte coletivo, seja ônibus ou metrô, é um dos primeiros passos para que a cidade exerça seu papel turístico.

Mesmo os setores culturais que já possuem certa estrutura necessitam de um maior investimento. A gastronomia é uma realidade que precisa ser delineada. Deve haver maior divulgação dessa tradição paulistana.

A cidade também suportaria mais salas de teatro, apesar de um número considerável já existente hoje. O mesmo vale para os museus. O MASP, o MAM, a Pinacoteca e o MAC são grandes espaços de cultura, mas devem existir ainda mais espaços de arte na cidade. Não existe, por exemplo, um museu que retrate São Paulo por um de seus lados mais conhecidos: a multiplicidade de povos que a habitam. Não há um espaço destinado a retratar os imigrantes e migrantes que formam um verdadeiro caldeirão de culturas na cidade. É importante observar que junto com esses novos espaços deve ser implantada uma política de descentralização dos centros culturais, levando a cultura a bairros da periferia da cidade. Hoje grande parte da população que habita os bairros mais afastados do centro não tem nenhum acesso à cultura, não possui nenhum espaço cultural de relevância do qual possa usufruir.

A identidade cultural de uma cidade é outro aspecto de importância. O rápido crescimento e as transformações da paisagem também são questões que devem ser levadas em conta. Bairros tradicionais, como o Brás e a Bela Vista, estão sendo descaracterizados e vêm gradativamente perdendo seu conteúdo histórico. A revitalização do centro de São Paulo e programas de preservação do patrimônio histórico dessas localidades serviriam para manter a identidade cultural da cidade em áreas tradicionais. A capital também precisa voltar seus olhos para a questão do verde. O aumento das áreas verdes, amenizando e humanizando a paisagem, é um modo de fazer com que São Paulo torne-se um local mais agradável, tanto para os que vivem aqui como para os visitantes.

São Paulo tem tudo para se tornar uma capital turística, mas para que isso aconteça são necessárias várias medidas conjuntas para a melhoria da cidade em geral. E o melhor caminho para isso é uma forma de governo voltada antes de tudo para a população que vive nela. Só assim estaremos realmente preparados para acolher os visitantes da nossa cidade de maneira digna, como qualquer outra capital turística do mundo.

Sérgio Mamberti é ator


Massimo Ferrari


A cidade possui uma gastronomia de nível internacional

São Paulo tem sua convocação turística delineada em função de uma estupenda vitalidade e energia, dada pela sua força de trabalho e sua pujança econômica.

São Paulo já possui todos os "ingredientes" para se tornar um centro turístico mundial, ou seja, usar em grandes quantidades a hospitalidade, o respeito, o sorriso típicos do paulistano. E a alegria em servir, receber, ajudar e até proteger o visitante da cidade; através deles, a "receita" São Paulo ficará muito saborosa e apetitosa, e, com certeza, conseguiremos fazer com que todo o turista sonhe em vir aqui.

São Paulo é uma capital que contém várias cidades juntas em bairros tradicionais nas suas zonas. Há muito para se descobrir em uma cidade de tais dimensões, que esconde e abriga enormes diversidades culturais que os próprios paulistanos não conhecem. Rica em sua História, São Paulo foi formada por pessoas vindas das mais diversas localidades do mundo e dos mais distantes rincões do Brasil, transformando-a em um verdadeiro mosaico de etnias. Sua geografia regular, a temperatura agradável, a proximidade com o mar, aeroportos espaçosos e malhas viárias aceitáveis são outros pontos que favorecem para conquistar o turista; sem falar das condições ótimas, do grande parque hoteleiro, da boa mesa (gastronomia) de qualidade internacional, das mega feiras, exposições e do comércio competitivo e variado.

Vale lembrar também dos espaços, exposições de arte e eventos de São Paulo, com os museus, os esportes, os teatros, os shows, a arquitetura e até os bairros típicos, enfim, tudo o que compõe a "Alma Popular" da cidade.

Infelizmente, ao lado da liberdade e da beleza, existe a violência e a agressividade, o cinismo e o desespero de uma grande metrópole, onde a desigualdade é acentuada.

Cabe a todos nós "temperar" imediatamente São Paulo para os nossos visitantes. Caso contrário, será um trabalho cada vez mais difícil para a próxima geração dos que residem em São Paulo.

Massimo Ferrari é proprietário do restaurante Massimo


Cristina Putz


A cidade de São Paulo oferece inúmeras opções gastronômicas

São Paulo hoje compete gastronomicamente com cidades como Nova York, Milão e Paris. Oferecendo aos nossos visitantes um universo crescente de restaurantes de qualidade internacional, sem comparação com qualquer outra cidade neste continente. Temos mais de dois mil estabelecimentos com esse propósito e descobrir novos locais é sempre uma aventura divertida.

Apesar dos paulistanos estarem cada vez mais "sóbrios" e gastando um pouco menos, a sensibilidade para novos valores não chega a matar a sede de novos restaurantes. Com mais opções, a criatividade de nossos chefs e preços mais competitivos, temos escolhas mais abrangentes e todos saem lucrando. Uma estrela surge toda semana, acrescentando emoções a seus frequentadores.

Hoje, esses frequentadores têm inúmeras alternativas, tornando cada vez mais interessante sair em São Paulo. Com um inigualável número de locais diversificados, desde os recentes Cantaloup e Danang aos mundialmente famosos Fasano, Massimo e La Tambouille, encontramos uma gama enorme de restaurantes étnicos, cantinas, bares, botecos e casas noturnas para todos os gostos.

Quem gosta de carne, pode escolher entre os inúmeros rodízios, encontráveis somente no Brasil ou churrascarias à la carte. Alguns oferecem inclusive um treinamento especial aos garçons para poder atender a clientes que não falam português. Os rodízios, na verdade, cresceram, expandiram, sofisticaram-se e o que era um lugar para se comer quase que exclusivamente carne de boi, tem nos seus buffets, hoje, de sushi a vatapá. A carne pode ser de caça, como o javali ou até de avestruz. Todas devidamente aprovadas pelo Ibama.

A colônia italiana, sempre muito grande nesta cidade, traz também tradicionais cantinas, pizzarias e restaurantes de variadas regiões da Bota com qualidade excepcional. O almoço nos finais de semana nas cantinas, oferecendo um pouco de folga da cozinha para a família, e as pizzas aos domingos à noite, são costumes enraizados há algumas gerações nos paulistanos. Uma refeição no Família Mancini, tarde na madrugada, é muitas vezes uma necessidade.

Os restaurantes japoneses em São Paulo nunca foram uma novidade devido ao grande número de imigrantes nipônicos. Mas, só com a descoberta internacional dos prazeres de sabores tão originais e saudáveis, é que eles vieram a ser apreciados por quem não frequenta o bairro da Liberdade. Agora, estão espalhados por todos os lados, inclusive em opções fast food dentro de shoppings centers.

Viaje por todo o Brasil através das suas cozinhas regionais. A tradicional feijoada no Bolinha é servida diariamente, mas às quartas e aos sábados pode ser degustada em vários outros restaurantes. Aprecie a comida baiana com seus sabores sedutores como no vatapá ou a amazonense com o pato no tucupy; a capixaba e suas variadas moquecas; a nordestina, a nortista como no Radiola São Luis; que serve macaxeira e catuaba, e logicamente a mineira com o feijão tropeiro, a vaca atolada e as deliciosas compotas.

Restaurantes tradicionais com charme especial, como o romântico francês La Casserole no centro junto ao mercado de flores ou o Ca'doro, que já recebeu rainhas e chefes de estado, compõem o rico e tentador cenário gastronômico desta metrópole. Temos restaurantes tailandeses, gregos, húngaros, coreanos, indianos, escandinavos, mexicanos, e por aí vai mundo afora.

Estamos cada vez mais exigentes e com isso talentosos chefes de cozinha surgem para aprimorar a comida e o serviço. O pessoal está cada vez mais profissional e dedicado e como resultado temos uma qualidade de atendimento ascendente. O reflexo do crescimento desse universo pode ser observado quando turistas nacionais e intenacionais buscam explorar aqui em São Paulo um dos maiores prazeres da vida que é o deleite de comer bem.

Para facilitar essa busca, existem hoje guias de restaurantes e bares, à venda em bancas e livrarias, indispensáveis a todos que apreciam o hobby de explorar São Paulo gastronomicamente.

Cristina Putz é editora do Guia de Restaurantes e Bares de São Paulo


Nelson Lourenço


O que falta para São Paulo se transformar numa cidade de turismo?

Quando pensamos em São Paulo como pólo de atração para turistas estamos automaticamente radiografando as contradições comuns a todo panorama do turismo no Brasil e potencializando os efeitos negativos da ausência de uma política para o setor. De acordo com dados recentes da Embratur, a cidade é hoje o segundo destino nacional de turismo convencional e, no turismo de eventos e negócios, a campeã no recebimento de visitantes. Cerca de um milhão de pessoas trabalham direta ou indiretamente na área e o turismo produz uma renda anual de 6 bilhões de reais, sendo que cada turista estrangeiro deixa mais de 100 dólares diariamente na cidade.

Analisados isoladamente os números podem dar a impressão de que a situação de São Paulo é, no mínimo, confortável. Entretanto, esses resultados não derivam de ações coordenadas entre iniciativa privada e governo, apenas são consequência natural da situação da cidade enquanto megacentro econômico-financeiro e de produção industrial, pólo de atração para viagens de negócios, feiras, eventos e congressos.

Para esse tipo de turismo a cidade tem infra-estrutura hoteleira de Primeiro Mundo e em processo de expansão, com preços também comparáveis aos grandes centros internacionais.

Já em relação aos espaços de feiras, congressos e eventos, a situação é quase caótica, com poucos locais e qualidade de instalações, localização e suporte de serviços deficientes.

São escassos os agentes receptivos e prestadores de serviços que facilitam a vida do turista, tanto nos eventos quanto nos horários livres, aliando-se a isso a ausência de uma programação cultural e de entretenimento agregada aos pacotes de negócios ou, quando existentes, com conteúdo e objetivos no mínimo duvidosos.

A cidade não conta com uma proposta abrangente que privilegie o planejamento integrado entre iniciativa privada, autoridades ligadas ao turismo e produtores culturais como forma de produzir um calendário harmônico, melhorar a infra-estrutura de serviços e qualificar os pacotes com programas de visitas a museus, teatros, shows musicais, exposições de artes, parques e logradouros de interesse histórico e cultural, divulgando-os com agressividade através das diversas mídias.

Em relação ao turismo convencional, que não vive do autofomento, a situação da cidade é mais problemática. A mesma grandiosidade de São Paulo que atrai e fascina, age como fator inibidor de consumo a grande parte do público potencial. Os fatores positivos, como a maior concentração de teatros, cinemas, centros culturais, parques de lazer e temáticos, bares, boates, bibliotecas e shoppings centers, curvam-se à inexistência de uma divulgação planejada e dirigida aos segmentos indicados, à escassez de agentes receptivos capacitados, aos calendários com eventos concentrados de forma conflitante em determinados meses, com vazios absurdos em outros.

Mais uma vez nota-se que as parcerias não funcionam. O poder público municipal não age facilitando a circulação, acessos e estacionamento, garantindo segurança, limpeza e manutenção de espaços públicos; o Estado não atua como fomentador do turismo no papel de fator de desenvolvimento, não só econômico mas também sociocultural; a iniciativa privada não opera na redução dos custos de hospedagem, alimentação e serviços; e os agentes de turismo e os produtores culturais não desenvolvem produtos diferenciados, atraentes pelo seus conteúdos e custos acessíveis a um número maior de interessados.

As deficiências estruturais da cidade dificultam, mas não a inviabilizam como pólo turístico. O problema é muito mais a ausência de vontade política, ação e planejamento integrados, sistematização de realizações e divulgação ampla e agressiva.

Nelson Lourenço é sociólogo e gerente do Sesc Paraíso