Sesc SP

Quem esteve na última edição do Nublu Jazz Festival, que aconteceu durante os dias 6 e 9 de abril de 2017, no Sesc Pompeia e Sesc São José dos Campos, pôde assistir Kamasi Washington (EUA), Cymande (GBR), The Cookers (EUA), os brasileiros Sambas do Absurdo, Plim e ao show de Saul Williams (EUA).

Quem é Saul Williams?
Considerado o maior nome da cena spoken word (palavra falada) do século XXI, Saul Williams é autor de um trabalho que mistura poesia com hip hop. Escritor, ator e músico, se dedica atualmente a divulgar o disco MartyrLoserKing (escute abaixo), que foi escrito e gravado em Senegal, Ilha Reunião, Paris, Haiti, Nova Orleans e Nova Iorque. É um projeto multimídia que trava um diálogo digital entre o 1º e o 3º Mundo.

Ele foi inovador desde o álbum de estreia Amethyst Rock Star, lançado em 2001 e produzido por Rick Rubin. Saul já tocou em mais de 30 países e fez leituras em mais de 300 universidades. Gravou com nomes que vão de Nine Inch Nails a Allen Ginsberg.

Após fazer um show com projeções trazendo fortes frases de cunho político e descer do palco para cantar em meio ao público, pedimos para Saul comentar sobre a relação entre arte e política nos dias de hoje. Saul citou artistas do mundo todo como: Eduardo Galeano, Paul Robeson, Charlie Chaplin, Gilberto Gil, Jorge Ben, Hugh Masekela, Miriam Makeba, Nina Simone, Serge Gainsbourg, Bob Marley, Fela Kuti entre outros:

"Quando eu penso nessas pessoas eu percebo que eles escolheram falar pela arte. Pessoas que foram presas, que foram mortas, pessoas que usaram a arte para se conectar, para desempenhar o mesmo papel ou ainda maior que o do wi-fi para se conectar. Usar a arte para se conectar livremente com outras pessoas, com outros sentimentos, com outros indivíduos que entendem, que sentem as mesmas coisas." 


A entrevista completa você confere no vídeo a seguir:



Ouça o álbum MartyrLoserKing na íntegra

Confira as fotos do show