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Carta ao leitor
As grandes cidades vêm enfrentando uma série de problemas próprios do crescimento desordenado e da falta de investimentos em infra-estrutura. Entre eles está o que fazer com o enorme volume de lixo produzido diariamente. A média brasileira, de um quilo/dia por habitante, está abaixo da dos países desenvolvidos, mas nem por isso deixa de causar sérios transtornos ao meio ambiente e à saúde da população, como mostra nossa reportagem de capa. Para os especialistas, a única saída é a reciclagem, que além de gerar recursos cria empregos nos processos de triagem e de coleta seletiva.
Outro desafio para o Brasil é manter aqui seus pesquisadores mais bem preparados e assim diminuir a distância tecnológica que o separa das nações do Primeiro Mundo. Assediados por empresas estrangeiras, que lhes oferecem inúmeras vantagens, esses cientistas rumam para o exterior, onde encontram melhores condições de vida e de progresso na carreira. Formados por faculdades públicas, na sua grande maioria, muitos desses profissionais, que tiveram os estudos pagos pelos contribuintes, partem sem deixar nenhuma contribuição ao país.
A questão da moradia social é outro assunto abordado nesta edição, desta vez com uma boa notícia. Uma parceria entre estudantes universitários e a população de baixa renda tem mostrado resultados positivos, tanto na reforma de cortiços quanto na construção de obras tocadas em forma de mutirão.
No encarte, Ozires Silva, presidente da maior empresa brasileira de aviação, mostra como esse setor pode contribuir para o desenvolvimento do país, embora ao longo do tempo tenha sofrido uma série de regulamentações restritivas que limitaram seu crescimento.