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Várias faces da África
Programação põe em evidência aspectos culturais, artísticos e sociais do continente e suas relações com o Brasil
A exposição Afro como Ascendência. Arte como Procedência é destaque da programação do Sesc Pinheiros desde o dia 1º de dezembro. A mostra, que segue em cartaz até o dia 9 de março, apresenta obras de cinco jovens artistas contemporâneos, que aludem direta ou indiretamente à temática étnico-racial no Brasil em seus trabalhos. “São pinturas, objetos, fotografias e uma videoperformance inspirados em questões ligadas à população afrodescendente, como as práticas religiosas do candomblé e a experiência corporal feminina”, afirma o curador, Alexandre Bispo de Araújo. “Nossa intenção é fazer emergir uma produção afro-orientada, que coloque questões importantes de interesse não apenas desse segmento da sociedade, ou dos que assim se autodeclaram. Como ação política e poética, nosso desejo é ampliar os horizontes da arte contemporânea pela oferta de produtos artísticos multiculturais.”
O técnico do Sesc Pinheiros Jailton Carvalho explica que a exposição, por sua abordagem, acabou entrando no contexto do Programa da Diversidade Cultural do Sesc. “Projeto que, na sua formação, privilegia a divulgação da cultura cigana, LGBT, cultura indígena brasileira, cultura afrobrasileira quilombola e refugiados, que foram os escolhidos para começar esse trabalho de divulgação de culturas”, detalha.
Já no Sesc Belenzinho segue, em fevereiro, o Áfricas no Brasil, com uma programação especial de oficinas e cursos, tendo como temática formas de expressão artística de diversos países africanos e seus reflexos no Brasil. “A partir do tema ‘Áfricas no Brasil’, preparamos atividades que tratam dessa ligação, e alguns recortes são os desdobramentos aqui no Brasil, em especial aqueles que dizem respeito às artes visuais, e a aspectos culturais”, acrescenta a técnica do Núcleo da Imagem e da Palavra do Sesc Belenzinho Vanessa Raquel Lambert de Souza.
A multiplicidade de temas pode ser exemplificada na oficina Cabelos: Tecendo e Trançando Arte (dias 11 e 25/01; 08 e 22/02; 08 e 22/03), que apresenta técnicas de penteados para cabelo crespo, promovida pelo coletivo Manifesto Crespo. Ou ainda no encontro de autores de histórias em quadrinhos como parte do curso Quadrinhos na África e Brasil (de 16 a 23/01), com orientação do autor e professor Marcelo d’Salete. O objetivo é dialogar sobre a obra de autores africanos e afrobrasileiros. No total serão 16 oficinas e cursos oferecidos.
“Nossa intenção é fazer emergir uma produção afro-orientada, que coloque questões importantes de interesse não apenas desse segmento da sociedade, ou dos que assim se autodeclaram. Como ação política e poética, nosso desejo é ampliar os horizontes da arte contemporânea pela oferta de produtos artísticos multiculturais.”
Alexandre Bispo de Araújo, curador da exposição Afro como Ascendência. Arte como Procedência
Cinema à moda antiga
O Sesc Osasco exibiu três filmes em seu drive-in, o Cine Chaparral, em janeiro. Dia 23 foi reservado ao cinema nacional, com o filme As Melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodanzky. O filme, de 2010, foi inspirado na série de livros Mano (Ed. Senac, 2001), do jornalista Gilberto Dimenstein, que conta o período de um mês na vida do jovem Hermano (Francisco Miguez). No dia 24 foi exibido o longa A Fantástica Fábrica de Chocolate, de 1971, com direção de Mel Stuart, um clássico do cinema baseado no livro Charlie and the Chocolate Factory, de 1964, do britânico Roald Dahl. Tubarão, outro clássico do cinema de 1975, foi o filme do dia 25. Baseado no livro de mesmo nome de Peter Benchley, é o quinto filme do diretor Steven Spielberg.
Teatro premiado
Está em cartaz até o dia 16 de fevereiro, no Sesc Belenzinho, a peça Conselho de Classe, grande vencedora da primeira edição do Prêmio Cesgranrio de Teatro, nas categorias melhor direção, cenografia, texto nacional inédito e o prêmio de melhor espetáculo de 2013.
Com texto de Jô Bilac e direção de Bel Garcia e Susana Ribeiro, Conselho de Classe se passa em uma reunião de professores que é desestabilizada com a chegada de um novo diretor. O espetáculo comemora os 25 anos da Cia. dos Atores, que foi criada com o objetivo de suprir uma necessidade de estudar e experimentar novas possibilidades no teatro.
América no cinema
O Sesc Santana montou uma mostra do diretor John Ford em janeiro. A América de John Ford apresentou quatro longas nas quatro terças-feiras do mês. No dia 7 foi exibido o filme Médico e Amante (Arrowsmith), de 1931. Dia 14 foi a vez de Juiz Priest (Judge Priest), de 1934. Dia 21 foi exibido O Prisioneiro da Ilha dos Tubarões (The Prisoner of Shark Island), rodado em 1936. Por fim, no dia 28, o filme A Mocidade de Lincoln (Young Mr. Lincoln), de 1939. A mostra irá acontecer também no Sesc Santos em fevereiro, nos dias 25 (Médico e Amante), 26 (Juiz Priest), 27 (A Mocidade de Lincoln) e 28 (O Prisioneiro da Ilha dos Tubarões).
Dança apaixonada
Estreou no dia 31 de janeiro, no Sesc Pompeia, Tira Meu Fôlego, espetáculo de dança em que os bailarinos Cristian Duarte, Eduardo Fukushima, Raul Rachou, Rodrigo Andreolli e Sheila Ribeiro são alvo de uma provocação. “O que acontece quando esse bailarino contemporâneo se vê obrigado a simplesmente ‘dançar apaixonadamente’?” Com direção de Elisa Ohtake e produção de Stella Marini, a obra fica em cartaz até o dia 23 de fevereiro no Espaço Cênico.
Encontro inusitado
Para comemorar os três anos do projeto De Improviso, o Sesc Santos preparou uma programação especial que acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro. A proposta promove o encontro de músicos e bailarinos que não se conhecem e, a partir de um tema, iniciam uma apresentação completamente de improviso.
Fotos gigantes
O Sesc Consolação montou uma exposição fotográfica hiperdimensionada chamada Giganto utilizando a arquitetura da cidade como suporte para a exposição. O trabalho da fotógrafa Raquel Brust ficou exposto nos pilares de sustentação do Elevado Costa e Silva (Minhocão) até o dia 25 de janeiro.
Flash Mob Zen
A Cia. Sansacroma de dança preparou flash mobs em janeiro no Sesc Interlagos. Entre os dias 19 e 26 de janeiro, à tarde, o grupo de dança surgia assumindo posturas próximas das praticadas na Yoga para provocar e incentivar o público presente para um mergulho interior de reflexão.
Vambora lá dançar!
A Filha do Nordeste, Elba Ramalho, fez três apresentações esgotadas no Sesc Pinheiros. Com mais de 30 anos de carreira e 31 discos lançados, Elba apresentou seu mais recente trabalho “Vambora lá Dançar”, com frevos românticos como “Embolar na Areia”, “Não chora, não chora não”, além de material antigo de sua carreira.
Polvo Poético
Utilizando do antigo jogo do telefone sem fio, o Grupo Sensus fez uma brincadeira dentro da piscina do Sesc Campinas, entre os dias 5 e 26 de janeiro, com poesias. Uma pessoa veste um capacete com diversos tubos por onde várias pessoas podem ouvir simultaneamente a declamação da poesia. A ideia é atuar em diversas camadas do imaginário, ampliando a percepção e o interesse pela literatura.
Cinema Fantástico
O crítico de cinema Carlos Cirne falou sobre o futurismo no cinema das décadas de 60 e 70, no Sesc Santos, no dia 22 de janeiro. Cirne falou sobre a produção cinematográfica de uma época que almejava um futuro fantástico: Teletransporte, telefones sem fio, naves espaciais, viagens do tempo. Por causa disso, gerações foram encantadas com este tema, seus figurinos, cenários, efeitos especiais e universos maravilhosos.
“Quero ampliar o espectro, pensar em como posso influenciar alguém que é um trabalhador comum, um gari varrendo a calçada e de repente decide entrar no Sesc.”
Marina Abramovic em entrevista à Folha de S.Paulo. A artista fará duas exposições, uma no Sesc Belenzinho e outra no Sesc Pompeia, em 2015
“Música é que nem vento... A gente sabe que existe, mas ninguém vê. O som não acaba, a música não acaba... O futuro é infinito para a minha música.”
André Abujamra em entrevista ao site Cultura Artfício. O músico fez show com a banda Karnak, no Sesc Vila Mariana