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De casa nova

No dia 19 de novembro, o Sesc Santo Amaro inaugura unidade, localizada na rua Amador Bueno, 505. Com 14.610 m² de área construída, o prédio conta com piscinas semiolímpica e infantil, ginásio poliesportivo, sala de ginástica, biblioteca, sala de leitura, teatro com capacidade para 279 pessoas, um galpão cultural, restaurante, espaços de convivência, sala multiuso e consultórios odontológicos.

“A arquitetura do local privilegia a transparência dos ambientes, por meio da utilização de vidros e poucas paredes”, diz o arquiteto Edson Elito, um dos responsáveis pelo projeto arquitetônico. “Assim, o usuário fica em contato visual com diversas atividades, realizadas em diferentes áreas.”

Antes da construção desse edifício, o Sesc possuía uma unidade provisória no bairro. Assim, desde 1999, mantém ações socioeducativas apoiadas por agentes socioculturais da região. “Até agora estávamos levando atividades para fora da instituição, a partir da articulação de parcerias estratégicas com lideranças locais, movimentos sociais e coletivos culturais”, afirma o gerente do Sesc Santo Amaro, Mario Augelli.

“Com esse novo espaço, temos mais estrutura para desenvolver as atividades e trazer as pessoas para dentro do Sesc, mas com a responsabilidade de continuar nossa ação externa, para que não se perca esse trabalho social que fazemos há tempos.”

Ontem e hoje

A região de Santo Amaro, a partir de 1827, recebeu um contingente considerável de imigrantes alemães. Em 1832, o distrito foi elevado à condição de município e permaneceu como cidade até o ano de 1935, quando voltou a ser incorporado à capital. A partir da década de 1940, soma-se à parcela de europeus ligados à atividade industrial o constante fluxo migratório de nordestinos, que intensificam o comércio do bairro.

Com o tempo, sua economia predominantemente industrial foi dando lugar ao setor terciário. Dados coletados na pesquisa Santo Amaro em Rede (disponíveis no site sescsp.org.br/santoamaroemrede/), desenvolvida pelo Sesc Santo Amaro com entidades culturais e sociais da região, indicam que a atividade de serviços e comércio é a principal responsável pelo crescimento do bairro.

Além de quatro universidades e oito faculdades, Santo Amaro possui 21 escolas de ensino fundamental municipais, 50 estaduais e 65 escolas particulares. As de ensino médio somam 32 escolas estaduais e 43 particulares. A estrutura cultural e de lazer conta ainda com cinco bibliotecas, quatro casas de cultura e o teatro Paulo Eiró, em homenagem ao poeta local de maior projeção.

“É uma região de passagem. A quantidade de pessoas que circulam por aqui é muito maior que a quantidade de residentes. Temos de levar isso em conta, sobretudo para a programação da unidade”, explica Augelli. “Isto é um desafio: adequar o perfil de programação às características daqui, levando em consideração a circulação de público e as pessoas que moram no bairro.”

Uma das preocupações do projeto arquitetônico foi integrar a unidade ao entorno. “A entrada do Sesc Santo Amaro serve como uma área de encontro para as pessoas. É até uma gentileza urbana que o Sesc está oferecendo, porque a calçada foi ampliada”, informa Elito. Assim, o acesso principal à unidade está em conexão com o espaço público.


“A arquitetura do local privilegia a transparência dos ambientes, por meio da utilização de vidros e poucas paredes. Assim, o usuário fica em contato visual com diversas atividades, realizadas em diferentes áreas”
Edson Elito, arquiteto responsável pela criação do projeto da unidade


A volta do teatro do sol

A companhia francesa Théâtre du Soleil, da encenadora Ariane Mnouchkine, desembarcou novamente no Sesc Belenzinho. Desta vez ela trouxe Os Náufragos da Louca Esperança, que ficou em cartaz de 5 a 23 de outubro na unidade. A primeira vinda tinha sido com ?Os Efêmeros, em 2007. O espetáculo é ambientado em 1914, às vésperas da Primeira Guerra Mundial. Em cena, uma trupe fascinada pelo advento do cinematógrafo se aperta no sótão de um cabaré para rodar um filme. A visita rendeu também oficinas com os atores, realizada nos dias 13, 14 e 15.

“Não vejo o cinema influenciando a literatura, pois ela é baseada em imagens desde seu começo”

O escritor José Roberto Torero em entrevista ao site Omelete (omelete.uol.com.br). Torero fez parte do projeto Cabeça de Escritor, do Sesc Pompeia, no dia 21 de setembro


“Hoje em dia multiplicaram-se muito as opções dos espaços para show. A própria internet criou um circuito de divulgação que faz com que mesmo artistas que estão começando consigam ter um público capaz de encher uma casa”

O músico Arnaldo Antunes para a revista Época.  Antunes se apresentou no Sesc Itaquera, no dia 18 de setembro


Esporte total

Realizada de setembro a dezembro, nas unidades do Sesc São Paulo, a Copa Sesc do Comércio e Serviços 2011 reúne funcionários de empresas dos dois setores para participação em diversas modalidades, buscando valorizar a prática de esporte como forma de lazer e promoção da saúde. A abertura foi no Sesc Osasco, no dia 9 de outubro. Entre os destaques da vasta programação estão os torneios de futsal masculino dos Sesc Vila Mariana, Santana e São Caetano, com jogos realizados na Quadra Poliesportiva do Centro Social Prosperidade (Cespro). Paralelamente à Copa, uma mostra de cinema e vídeo reuniu títulos em que o esporte e suas personalidades são o tema central.


Dia Nacional do Idoso

O Sesc São Paulo aproveitou a data de 1º de outubro para realizar um mês inteiro de atividades voltadas à terceira idade. O CineSesc programou a mostra “Curta” envelhecer sem preconceitos, com filmes brasileiros que abordam vários tipos de preconceitos relativos à velhice. Em Santo Amaro, o tema orientou o debate Preconceito entre gerações: um desafio da longevidade. No Sesc Belenzinho teve bate-papo sobre mitos e verdades do esporte para idosos. Em Campinas ocorreu o Festival Esportivo e no Sesc Rio Preto, Bailão, espetáculo dirigido por Marcelo Caetano sobre envelhecimento e homossexualidade.

Viagem gastronômica

Inspirado nas viagens do antropólogo Luís da Câmara Cascudo pelo Brasil, o projeto Pitadas de Sabores e Alimentos do Brasil, do Sesc Carmo, reúne mostra fotográfica de pratos típicos da culinária nacional e palestras que abordam a riqueza gastronômica da cultura brasileira. Em outubro, foram realizados os encontros Juntando a Fome com a Vontade de Saber; Banquete dos Orixás e Caciques do Brasil com o professor de história da gastronomia da Universidade Anhembi-Morumbi Ricardo Maranhão.

Leitura dramática

A família foi o tema da quinta edição do ciclo 7 Leituras, 7 Autores, 7 Diretores, realizado de maio a novembro, no Sesc Consolação. O texto em setembro foi Álbum de Família, de Nelson Rodrigues, lido no dia 27 de setembro sob direção e coordenação geral de Eugênia Thereza de Andrade.