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Reforma do Theatro Municipal de São Paulo

Reforma do Theatro Municipal de São Paulo

Diferentemente do processo de restauração pelo qual o edifício passou de 1952 a 1955 – que incluiu mudanças estruturais como a alteração do formato da plateia e a demolição de camarotes –, a reforma iniciada em junho de 2008 e concluída em junho deste ano teve o objetivo de recuperar a beleza original do prédio desenhado pelo arquiteto Ramos de Azevedo (1851-1928) e inaugurado em 1911.

Reaberto ao público no dia 12 de junho, ao som da Orquestra Sinfônica Municipal, do Coral Lírico e do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, interpretando peças de Radamés Gnattali (1906-1988), de Ronaldo Miranda e do inglês Ralph Vaughan-?-Williams (1872-1958), o “novo” Theatro Municipal de São Paulo teve todas as paredes internas restauradas. No restaurante, duas peças assinadas pelos irmãos Fernando e Humberto Campana compõem a decoração: um espelho que lembra a forma de uma colmeia e um balcão com revestimento espelhado.

No palco, as mudanças tecnológicas como as varas que sustentam os cenários, antes manuais e com capacidade de até 150 quilos, ganharam sistemas motorizados, passando a suportar 900 quilos cada uma, o que permite mudanças de cenário em oito segundos. A modernização também incluiu a instalação de um novo equipamento de som no palco, nas áreas de camarins e na plateia. Ainda no interior do teatro houve mudanças na acessibilidade da casa com a inclusão de assentos para obesos e a reserva de quatro lugares para cadeirantes na plateia.

O trabalho de restauração na fachada consistiu na conservação dos elementos de argamassa, arenito, esquadrias e telhado em cobre.


VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Exposição fotográfica Memórias de São Paulo, no Instituto Martius-Staden

Em cartaz até 19 de agosto no Instituto Martius-Staden, a mostra Memórias de São Paulo reúne 33 fotografias antigas da capital e de seus habitantes, com destaque para cenas relacionadas à imigração alemã. A exposição é composta por registros de 1883 a 1960, como cartões-postais da cidade e imagens da Praça da Sé, do Theatro Municipal de São Paulo, do Vale do Anhangabaú, do Viaduto do Chá e do então recém-inaugurado Monumento às Bandeiras.

Logo na entrada, o visitante se depara com uma cena do Caminho do Mar – velha estrada que ligava São Paulo a Santos – e pode conferir cenários hoje impensáveis, como os rios Pinheiros e Tietê limpos e palco de atividades de lazer e de práticas esportivas. A exposição apresenta também imagens que retratam importantes nomes da imigração alemã em São Paulo, como a família Weishaupt e personalidades como Johann Otto Roosen-Runge, fundador do Arquivo de Imigração Alemã, atual arquivo do Instituto Martius-Staden, e Ina von Binzer, autora do livro Os meus romanos – Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil (Paz e Terra, 2004).

O Instituto Martius-Staden foi criado em 1916 e hoje é mantido pela Fundação Visconde de Porto Seguro. O local possui uma das maiores bibliotecas referente à imigração alemã e à história do Brasil em língua alemã da América Latina, com materiais sobre literatura, filosofia e artes, em alemão e em português.

O endereço é na rua Itapaiúna, 1355, em Panamby, região do bairro do Morumbi, Zona Sul de São Paulo. A exposição pode ser visitada de segunda à sexta, das 8h às 16h, e a entrada é gratuita.