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Almanaque Paulistano
Capela do MorumbiLocalizada em um dos terrenos que formavam a antiga Fazenda do Morumbi, a Capela do Morumbi tem origem incerta. Segundo uma das interpretações, era uma homenagem a São Sebastião dos Escravos; de acordo com outra, teria sido erguida para acompanhar as sepulturas dos proprietários da fazenda. A ausência de documentação mais detalhada – o documento mais antigo sobre a fazenda data de 1825 –, impede a confirmação dessas hipóteses. No entanto, esse patrimônio continua em pé, como testemunha da história da cidade e, hoje, é aberto à visitação.
A fazenda, comprada pela Cia. Imobiliária Morumby em 1940, foi transformada em loteamento. A empresa contratou o escritório do arquiteto russo Gregori Warchavchik para a reconstrução das ruínas de taipa de pilão, completadas com alvenaria de tijolos. A convite do escritório, a pintora Lúcia Suanê representou a cena do batismo de Cristo e anjos com fisionomias de índios, em afresco, nas paredes do batistério. Em meados da década de 1970, parte dos terrenos remanescentes do loteamento foi transferida para o município de São Paulo, entre eles o do pequeno templo, que passou a ser responsabilidade do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), como bem arquitetônico e cultural. Em 1979, a capela passou por nova reforma: além da construção de sanitários e uma copa, a nave central foi convertida em sala de espetáculos. A visitação pública teve início em 25 de janeiro de 1980, no aniversário de 426 anos de São Paulo.
A Capela do Morumbi fica na Avenida Morumbi, 5.387. O telefone é (11) 3772 4301. O local é aberto de terça a domingo, das 9h às 17h e conta com visita orientada. A entrada é franca.
Vistas Contemporâneas
Casa Modernista
De autoria do arquiteto russo Gregori Warchavchik (1896-1972), a Casa Modernista, projetada em 1927 e construída um ano depois, é considerada a primeira no estilo erguida no país. Concebida como residência do arquiteto, recém-casado com Mina Klabin, filha de um grande industrial da elite paulistana, a “novidade” recebeu grande atenção, tornando-se pauta de artigos em jornais e dividindo as opiniões de especialistas. Além da edificação, o jardim, projetado por Mina Klabin, mereceu destaque como o primeiro a utilizar espécies tropicais.
Durante a década de 1980, o local foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp). Depois de um processo judicial iniciado pelos proprietários, cuja sentença saiu em 1994, o Estado foi obrigado a indenizar os donos do imóvel.