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Mosaico
JORGE LEÃO TEIXEIRA
Ilustração: Leandro Shesko
Big business – O negócio de blindagem vai de vento em popa no país, seja em automóveis, seja em prédios residenciais ou de escritórios. Por obra e graça da escalada da violência da bandidagem, armas mais potentes estão exigindo maior proteção balística, inclusive contra metralhadoras – o que pode importar em blindagem de fachadas ao custo de R$ 2,5 milhões. A Associação Brasileira de Blindagem já soma 35 empresas especializadas, atendendo uma clientela que vai da classe média aos donos de apartamentos de luxo – mercado situado entre os dez mais promissores do mundo.
Não admira, portanto, o tititi que começou a circular no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, sobre a suposta decisão de badaladas figuras do mundo da moda de lançar uma coleção de coletes à prova de balas para as elegantes personagens do jet set que gostam de dirigir seus carros e cada vez mais são alvo dos assaltantes de plantão em esquinas ou gargalos tradicionais do trânsito...
Mamma mia! – Mãe geralmente é carinhosa, mas quando não é obedecida pode mudar radicalmente e ficar superdurona. Foi o que aconteceu na Sicília, quando, cansada de ver o filho de 61 anos chegar tarde ao lar, a mamãe, de 81 anos, cortou-lhe a mesada e tomou-lhe a chave de casa...
Baianices em Paris – O baiano Robertinho Chaves, radicado há anos em Paris, não perdeu a paixão pelas tradições da terra natal e começou a reproduzir, na escadaria da Igreja de Sacré-Coeur de Montmartre o ritual da lavagem do Bonfim. A iniciativa teve tal êxito que a partir de 2004 o espetáculo passou a ser feito na Madeleine, onde francesas vestidas de baianas lavam a igreja com água de cheiro, ao som de um trio elétrico. A coisa anda tão popular que este ano Margareth Menezes fez dois shows em Paris para promover o evento.
Última esperança – A Barbearia Ancizar oferece em Pereira, na Colômbia, um serviço inédito para aqueles que não se conformam em ser carecas: lambidas de vaca nas calvas reluzentes, tratamento que seria tiro e queda contra a calvície. Segundo o dono do salão, mais de 200 clientes já testaram o tratamento e estão plenamente satisfeitos com a nova técnica.
Haja adrenalina – Angela Kelly ganhou o maior prêmio lotérico britânico, habilitando-se a embolsar o equivalente a R$ 140 milhões, mas passou por maus momentos por não conseguir conferir o bilhete, que não encontrava em lugar algum da casa. Dias depois da divulgação do resultado, ao guardar uma bolsa velha que pouco usava, topou com o papel sumido e quase morreu de susto ao verificar que a bolada, por um triz, poderia ter perdido a validade.
Anjos dão alerta – 30% dos acidentes de automóvel ocorridos em 2006 no estado do Rio de Janeiro tiveram como protagonistas motoristas embriagados. Foram cerca de 44 mil ocorrências, com um total de 37,2 mil vítimas, entre mortos e feridos. A estatística levou o Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes (SindRio) a lançar uma campanha denominada Anjos da Night, desfechada no final de julho, quando um grupo de jovens passou a circular por bares e casas noturnas vestido com túnica, asas de anjinho e auréola na cabeça, empunhando cartazes que recomendam moderação no consumo de bebidas alcoólicas e usando advertências como "Veja o que vai fazer porque não quero ter trabalho com você lá em cima", "Pegue leve, você tem que chegar em casa" ou "Se beber muito, tome táxi".
O bloco dos anjos noturnos está sendo bem recebido nos locais por onde tem passado, provocando aplausos e boas gargalhadas.
Pururucagens – As comemorações do décimo aniversário do Festival de Cultura e Gastronomia de Tiradentes, em Minas Gerais, foram uma festança de regalar os olhos e os bons garfos, atraindo mestres-cucas até da França e da Espanha. Ponto alto nas comilanças foi o leitão pururuca da Villa Paolucci, fazenda colonial transformada em pousada pelo médico Luiz Ney. Além de ginecologista e dono da propriedade, Ney é cozinheiro emérito, e atende a pedidos de seu delicioso leitão pururuca por encomenda. A receita, herdada da avó, mobiliza 18 ingredientes para tempero e a carne deve ficar marinada por seis dias. Não contente com tudo isso, Ney desenvolveu uma tecnologia exclusiva: usa um bastão de cerâmica, aquecido a 800 graus centígrados, para fazer a pele do leitão pipocar como rajada de metralhadora.
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