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Turismo e biodiversidade em equilíbrio apontam para a sustentabilidade
Danilo Santos de Miranda, Diretor Regional - SESC SP
O direito ao lazer dos trabalhadores é uma das bandeiras mais antigas do SESC-SP e remonta aos valores primordiais de sua criação em 1946. De lá para os dias atuais, os conceitos de lazer e turismo sofreram inúmeras transformações e o programa desenvolvido pela entidade, absorveu tendências e experimentou possibilidades diversas, sem nunca abdicar de suas ideias alternativas e conceitos fortemente embasados no caráter socioeducativo de suas ações.
Com os Cadernos SESC de Cidadania que contemplam o Dia Mundial do Turismo em consonância com as reflexões propostas pela Organização Mundial do Turismo(OMT), apresentamos um rico espaço de propostas, debates e experiências que estimulam uma abertura para interessantes formas de implantação, desenvolvimento e gerenciamento de ações no campo do turismo com respeito às questões mais urgentes da agenda global: desenvolvimento e preservação local, economia solidária e acesso ao turismo como forma de contato com a biodiversidade.
Se há uma relevante base econômica para muitos indivíduos em diferentes instâncias sociais no campo do turismo, é fundamental trabalhar em todos os segmentos dessa cadeia: alertando para um equilíbrio respeitoso que preserve a biodiversidade e mantenha as comunidades em seu lugar de origem, isto é, aprimorando as condições para uma cultura de sustentabilidade. Outras questões importantes se colocam nos dias atuais: Como viabilizar o turismo urbano em cidades com patrimônios degradados? Onde buscar o fortalecimento de comunidades que desenvolvem manifestações culturais em risco de extinção? Por quê alavancar o turismo de base comunitária como ferramenta educativa e manutenção de áreas nativas?
Existem diferentes formas de articulação com base no turismo e o SESC-SP participa desse contexto oferecendo espaços para reflexão, apresentando propostas e experiências relevantes, mas, sobretudo, interagindo com o seu público prioritário para a consolidação de conceitos que vão além do imediato bem-estar individual, favorecem a qualidade de vida por meio de uma mudança de atitude, o que aponta para uma cultura global de sustentabilidade.