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Terreiro Axé Ilê Obá

Criado em 1975 por Caio Egydio de Souza Aranha, o Pai Caio de Xangô, o terreiro de candomblé Axé Ilê Obá, localizado no bairro do Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, é o primeiro – e único – espaço do gênero a ser tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). O tombamento foi publicado no Diário Oficial do dia 16 de agosto de 1990.

O espaço, de 400 metros quadrados, é composto de diferentes dependências, cujas funções dizem respeito aos rituais e cultos da religião. Entre os mais místicos, estão o abaçá central, o terreiro propriamente dito, onde acontecem parte das cerimônias e as danças ao som dos atabaques; e os assentos dos orixás cultuados ao ar livre – no caso do Axé Ilê Obá, são eles Ossain, divindade da floresta e das plantas selvagens, e Iroco, que domina o tempo, a vida e a morte.

Com a morte de Pai Caio de Xangô, em 1985, assumiu o posto de ialorixá, como são chamadas as sacerdotisas-chefes das casas de santo, sua sobrinha Sylvia Egydio, a Mãe Sylvia de Oxalá, que está à frente do Axé Ilê Obá desde 1986, após o período de um ano de inatividade pelo qual um terreiro deve passar após a morte de um pai ou mãe de santo. Foi de Mãe Sylvia de Oxalá a iniciativa de procurar o Condephaat para o tombamento do local.


VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Sítio Morrinhos

Localizado no Jardim São Bento, em Santana, na Zona Norte da capital, o Sítio Morrinhos concentra objetos e vestígios arqueológicos de diversas outras construções históricas da capital, como o Solar da Marquesa, a Casa do Tatuapé e a Capela de São Miguel. O motivo é que no conjunto – formado por uma casa sede e anexos que um dia serviram como senzalas, abrigos para animais e oficinas – funciona também o Centro de Arqueologia de São Paulo, que se encarrega, entre outras funções, da descoberta, conservação, restauro e estudo de todos esses tesouros históricos da cidade.

A sede, por exemplo, construída no início do século 18 com a técnica de taipa de pilão, segue a chamada arquitetura bandeirista e apresenta, no pavimento térreo, cinco cômodos e um alpendre. No pavimento superior, fica o quarto, construído pelos freis beneditinos no início do século 20. Os anexos datam da metade do século 19.

O interior da sede abriga a exposição permanente Escavando o Passado. Como o nome sugere, a mostra reúne peças antigas, como cerâmicas, a réplica de um sítio arqueológico e até uma urna funerária de origem indígena, além de moedas antigas, fotos e demais objetos.

No quintal, um convite ao relaxamento. O terreno é cheio de centenárias árvores frutíferas – mangueiras, abacateiros, jabuticabeiras –, plantadas para proteger as casas do forte vento sul que sopra no terreno mais elevado.

O Sítio Morrinhos fica na rua Santo Anselmo, 102, Jardim São Bento, em Santana. Todas as visitas são monitoradas, e grupos maiores devem agendar com antecedência, pelo telefone (11) 2236-6121. O horário de visitação é de terça a domingo, das 9h às 17h, e a entrada é franca.