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Férias animadas

Aproveitando as férias, o CineSesc apresentou, em janeiro, a programação Cineclubinho, só com animações. Entre os títulos, Profecia dos Sapos (foto) – 2003 –, de Jacques-Remy Girerd, que mostra um mundo em meio a um dilúvio, como o da Bíblia, mas desta vez quem cuida de tudo são os sapos, que orientam dois adultos e duas crianças a construírem uma arca improvisada. Já O Rei e o Pássaro (1980), de Paul Grimault, conta a história de um rei vaidoso e mimado, e de uma noite mágica na qual as estátuas e quadros do castelo ganham vida e mudam tudo no reino de Taquicardia.

Até de olhos fechados

Vindos de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o grupo Cuidado que Mancha estreou no Sesc Belenzinho, em 8 de janeiro, o espetáculo Sabrina, 40 Fantasmas, Mais uns Amigos e Outras Histórias. Como o nome adianta, são várias peças em uma só. O mais divertido é que se trata de um rádioteatro. Ou seja, acontece no palco, mas com aquele clima de estúdio – objetos usados para imitar sons, atores fazendo mil vozes ao microfone. Dá até para experimentar assistir de olhos fechados. A montagem deve ficar em cartaz até o dia 31.

Trio de cordas

O Pauliceia Sonora, tradicional projeto de música do Sesc Carmo, apresentou, no dia 19 de janeiro, o violinista Ricardo Herz (foto). O músico traz na bagagem um repertório cheio de swing e ritmos. Acompanhado de Meno Del Pichia no baixo e de Luque Barros no violão de sete cordas, Herz apresentou sua viagem por choros, sambas-canções, baiões e xotes.


Quase biográfico

Na cidade, havia a estátua de um jovem monarca coberta de ouro, admirada por todos que passavam por ela. A rica criança ali representada cresceu cercada de luxo em seu castelo. Mas hoje chora por ter descoberto quão longe o mundo está da perfeição e da doçura que o rodearam a vida toda. Esse é o enredo do espetáculo de animação O Príncipe Feliz, apresentado no Sesc Interlagos, no dia 2 de janeiro. O texto é adaptado da obra do escritor irlandês Oscar Wilde – ele próprio com uma biografia próxima da do protagonista da peça. A montagem é do grupo Boneco Vivo Teatro e Oficinas.

Para assistir dançando

O grupo Clube do Balanço foi formado em 2000 com o intuito de tocar a música dos bailes dos anos de 1970. A ideia não só deu certo, como, de quebra, ajudou a trazer para o primeiro plano da MPB um ritmo que andava meio fora de moda até então: o samba rock. A prova pôde ser conferida nos dias 19 e 20 de janeiro, no Sesc Santana, num show que reproduziu o disco Pela Contramão, de 2009, e no qual o jazz, o soul e o samba de raiz se juntam a serviço, claro, do balanço.

O lugar da dança

Criado pelo Sesc Ipiranga, o projeto Fora do Lugar apresenta exclusivamente espetáculos de dança pensados para espaços alternativos – dentro ou fora da unidade. Em janeiro, a programação trouxe duas coreografias da Cia. Artesãos do Corpo: Cadência (foto), que mostra o jeito criativo que o corpo encontra para viver e superar o duro cotidiano das cidades, foi apresentada no dia 22, e Sedah, que mistura as linguagens de vídeo, som e dança, está programada para o dia 29.

“O Brasil tem essa coisa da mistura que aparece na música de uma maneira muito bem definida.”
Francis Hime ao jornal O Estado de S. Paulo. Hime se apresentou no Sesc Belenzinho, de 7 a 9 de janeiro

Mais uma chance

Depois de compor a programação do I Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos – Mirada,
realizado em setembro de 2010, a exposição Los Grumildos, da artista peruana Ety Fefer, chega a São Paulo, novamente trazida pelo Sesc. Desta vez, a temporada – que estreou em 11 de janeiro e deve ir até o dia 30 – pode ser conferida na unidade Pompeia. O trabalho é uma mescla de performance, exposição e instalação de marionetes – destaque para as criaturas feitas de massa de modelar, autômatas e hiperrealistas.

Para nínguém ficar parado

A unidade provisória Osasco, na Grande São Paulo, apresentou, em janeiro, a programação especial Pra Dançar!, uma série de shows com artistas cuja música não deixa ninguém parado. Destaque para o swing do Funk Como Le Gusta (foto), no dia 9, e para Fernando Ferrer e Orquestra, no dia 15. A atividade fez parte do Sesc Verão 2011 na unidade.

Obsessão por Beckett

O Sesc Consolação apresentou, de 7 a 23 de janeiro, o espetáculo Resta Pouco a Dizer, uma compilação de quatro textos curtos do irlandês Samuel Beckett. O projeto é desenvolvido pelos irmãos brasilienses Adriano e Fernando Guimarães – que pesquisam o autor há 12 anos – e reúne as peças Catástrofe, Ato sem Palavras, Jogo e Respiração Embolada (foto).

Mulher em questão

A Fundação Perseu Abramo, em convênio firmado com o Departamento Nacional do Sesc e Sesc São Paulo, realizou a pesquisa de opinião pública Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado. Os pesquisadores ouviram, durante a primeira quinzena de agosto de 2010, mulheres com idade entre 15 e 60 anos ou mais, residentes em áreas rurais e urbanas de 25 unidades federativas, das regiões norte, nordeste, sudeste, sul e centro-oeste. Este estudo trouxe uma novidade em relação ao estudo feito em 2001 pela Fundação, já que contou com o depoimento de homens sobre como eles veêm a mulher na sociedade. O atual estudo foi composto de temas como a divisão sexual do trabalho e tempo livre, corpo, sexualidade e mulher na mídia, saúde reprodutiva e aborto, violência doméstica e violência de gênero e democracia, mulher e política. Consolidados os dados, a pesquisa estará disponível nos Portais dos realizadores a partir de meados de fevereiro, e será divulgada por meio de seminários em 10 capitais do país.

Uma história de nomes

Clássico da literatura infantil brasileira, o livro Marcelo Marmelo Martelo, da escritora Ruth Rocha, foi adaptado para o teatro com dramaturgia de Cíntia Alves e direção de Jorge Vermelho. O texto, encenado no Sesc Santo André, conta a história de Marcelo, um menino como todos os outros: faz mil perguntas para entender o mundo à sua volta. Até que um dia ele resolve questionar o porquê do nome das coisas. A peça estreou em 9 de janeiro e tem temporada programada até o dia 6 de fevereiro.

“Dentro da minha casa eu aprendi a olhar o mundo sem preconceito. (...) Boas pessoas, não interessava a opção religiosa, sexual, política e futebolística, eram bem-vindas.”

Fafá de Belém ao site da Folha de S.Paulo (www.folha.com). A cantora fez show na unidade Pinheiros, nos dias 8 e 9 de janeiro