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Entrevista
Scarlett Marton, professora titular de filosofia contemporânea da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP), concluiu o mestrado em sua área na Université Paris I Sorbonne, em 1974, e o doutorado e a livre docência na USP, respectivamente em 1988 e 1996. A pesquisadora especializou-se no pensamento do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) – sobre quem já escreveu, entre outros livros, Nietzsche, A Transvaloração dos Valores (Logos, 2006) e Nietzsche, Pensador Mediterrâneo (Unijui, 2008) – e, na entrevista à Revista E, comenta a popularização das ideias do pensador no século 21, sobretudo no Brasil. “É muito importante notar que, no ano de 2000, centenário da morte de Nietzsche, houve eventos em toda a parte”, lembra. “Mas jamais vi coisa igual ao que ocorreu aqui. Nietzsche se tornou ídolo das revistas, nas bancas de jornal e acho que ele virou pop.” Com um trabalho focado na história da filosofia moderna – tratando de temas como a relação de Nietzsche com a atualidade e a crítica da cultura contemporânea –,? a entrevistada deste mês falou também da desmobilização da política hoje e da necessidade de distinguir filosofia de autoajuda. A seguir, trechos:
Hoje temos livros de filosofia que se tornam best-sellers. A que você credita isso?
Na verdade, a impressão que tenho é que, de uma maneira geral, se está assemelhando textos filosóficos a textos de autoajuda. Então, a filosofia está mudando um tanto de caráter. A gente precisaria distinguir aqui. Temos de um lado a filosofia acadêmica, que é praticada na faculdade. Essa já mudou de figura, porque já deixou de ser reflexões de conjunto para se tornar cada vez mais reflexões sobre temas pontuais. Não dá mais para ter as grandes visões de conjunto. Com isso, a filosofia, no meu entender, está cada vez mais técnica, no sentido de que se discute a boa tradução para um termo. Enfim, nós discutimos a boa tradução para um termo para compreender melhor o texto, de que maneira ele deve ser traduzido. Mas a compreensão do texto nos leva à compreensão de uma obra, de um sistema filosófico, e à compreensão de um período histórico. Essa é a transformação que se dá em relação à filosofia acadêmica. Há, também, outra transformação que tem a ver com os livros de divulgação, os quais estão indo ao encontro de uma demanda por receitas imediatas para problemas imediatos. Nesse sentido, eles se aproximam e se assemelham a livros de autoajuda.
O filósofo alemão Friedrich Nietzsche se transformou em um personagem, digamos, pop. Ou seja, hoje as pessoas falam dele. Por que ele atingiu essa notoriedade?
Acho que é muito importante, quando se trata de filosofia, fazer também um trabalho de recepção, ver como as ideias de um determinado filósofo chegaram a diferentes lugares – e o que diz respeito a nós, no Brasil. Então, eu começo por aí a resposta. Houve quatro grandes ondas de Nietzsche no Brasil. A primeira aconteceu nas duas primeiras décadas do século 20, quando Nietzsche chegou por meio do movimento anarquista espanhol e foi visto como um dos pensadores mais revolucionários e deixou marcas na produção literária, contos, romances etc. A segunda grande onda aconteceu antes da 2ª Grande Guerra. E aqui Nietzsche foi apropriado pela extrema direita e pelos integralistas de Plínio Salgado [1895-1975, jornalista, intelectual e filósofo brasileiro]. A terceira aconteceu no fim da década de 1970, início dos anos de 1980. Nietzsche chega agora de uma maneira um tanto mais filosófica. Ou seja, a primeira onda foi literária; a segunda, política; e agora, por fim, ele chega de uma maneira mais filosófica, e pela leitura dos [filósofos] franceses – Foucault e Deleuze em ?particular. Nietzsche foi muito importante no âmbito das ciências sociais; e Deleuze, na psicologia. E a quarta onda ocorreu na virada do século [20 para 21]. E é muito importante notar porque no ano de 2000 foi o centenário da morte de Nietzsche e houve eventos em toda a parte. Mas jamais vi coisa igual ao que ocorreu no Brasil. Nietzsche se tornou ídolo das revistas, nas bancas de jornal e acho que ele virou pop, como você disse. E acho que ainda estamos nesse movimento. Acho que esse Nietzsche é completamente domesticado.
“O que acho legal é perceber que estamos vivendo uma extraordinária revolução, de todos os pontos de vista, não apenas tecnológico, científico, estou pensando além disso. Estou falando na revolução em termos de pensar, agir, sentir, nos relacionamentos (...)” |
Tropicalizado?
Quanto a ser tropicalizado eu não tenho nada contra, aliás eu acho ótimo. Nós já temos um Nietzsche tropical, do protesto antropofágico, do Monteiro Lobato, da Cecília Meireles. Uma boa parte dos nossos autores e escritores “frequentou Nietzsche”. Ele deixou marcas na música, com o Caetano Veloso e o Jorge Mautner, está no teatro do Zé Celso, do Antunes Filho, em ideias e concepção. Há coisas muito interessantes acontecendo ali. A forma cênica que o Antunes inventou e criou, de alguma maneira, tem esse solo teórico, e, por trás dela, tem uma leitura de Nietzsche. Então, acho o máximo que tenhamos um Nietzsche tropical. O problema é o Nietzsche pop, o domesticado. Aquele que virou objeto de consumo. Ele veste uma roupagem absolutamente de inovador, transgressor, e traz aquilo que é totalmente inédito, que jamais se ouviu antes. Ele até tem um pensamento rebelde e insolente, mas já está pasteurizado. Porque não se faz contato com a parte do pensamento nietzschiano. Mesmo porque seria uma contradição pensar num objeto de consumo que guardasse ao mesmo tempo o poder crítico. Essa pasteurização se dá, também, não somente pelos meios de comunicação que sempre recorrem a Nietzsche, como revistas e suplementos, mas pelos livros de divulgação hoje no Brasil.
Isso nos leva a outra questão, sobre o mercado editorial. Você vê uma pasteurização das ideias desse Nietzsche pop. O que você considera ser deixado de lado no que há de mais revolucionário em Nietzsche?
Posso responder sobre dois lados. O que eu noto como mais domesticador é tentar fazer de Nietzsche um pensador pós-moderno. Então, ele seria o pensador que vai relativizar os valores. Há estudiosos que também pensam assim, que Nietzsche contribuiria para isso – o que também é problema. Agora, o que existe de mais virulento consiste justamente na crítica da nossa maneira de pensar, agir e sentir. O que Nietzsche vai propor é um projeto civilizatório que se contraponha à civilização ocidental. O teor do projeto civilizatório dele talvez não nos interesse tanto hoje – nós não podemos esquecer que há também um pensamento datado, afinal Nietzsche é do século 19. Mas o que nos interessa é a forma pela qual ele critica a civilização ocidental. Então, eu diria que Nietzsche, ao lado de Freud, foi o que fez uma crítica mais severa à ideia de culpa. Isso muda a maneira de sentir. E Nietzsche, em particular, fez uma crítica muito séria a uma maneira de pensar dogmática, ou seja, quando você acha que chegou a uma verdade definitiva e que o que vale é a sua palavra, e ponto final. Ele fez uma crítica à maneira de pensar, de agir e de sentir. Ou seja, esses impulsos que levam as pessoas a agir – e que são, em geral, secretos, pois as pessoas não têm coragem de assumir. Hoje mesmo, no meio acadêmico, acho interessantíssimo ver que você está diante de pessoas muito bem ilustradas, esclarecidas etc., mas, na verdade, são jogos de poder que estão subjacentes a tudo isso. Na verdade, por trás dessa bela aparência, mesmo aqueles que falam de ética e de moral têm mecanismos e atitudes sórdidas, como em qualquer parte. E acho que Nietzsche é um bom instrumento para se desvendar tudo isso.
Diz-se, hoje, que a tecnologia pode preservar a memória. Mas, por outro lado, na medida em que as tecnologias aceleram o próprio tempo, não há como se consultar essa memória – o que seria uma incongruência dos nossos dias. Ou seja, existe a capacidade de armazenamento, mas não há tempo para a reflexão sobre isso. O que você acha dessa questão?
Acho que você tem toda a razão. E esse é um dos problemas muito sérios que estamos atravessando. É uma quantidade enorme de informação sem que a gente tenha o filtro necessário para poder discernir o que vale ou não a pena. Temos muitos dados e informação que vêm, por exemplo, da internet, mas de uma forma agrupada, ou seja, existe uma horizontalização das informações e das relações. E é justamente por isso que, em particular, as gerações mais novas não têm elementos nem meios para discernir e discriminar esses dados. Então, no meu entender, o que nós precisamos, antes de qualquer coisa – essa nem é uma questão filosófica, mas para as humanidades em geral – é discutir critérios. Precisamos deles para nos situar ?no mundo de hoje diante dessa avalanche de informações. E acho que, no que diz respeito à academia, estamos vivendo uma enorme confusão conceitual, porque nós estamos tomando por pesquisa o que nada mais é do que divulgação e se toma por formador o que não passa de mero acúmulo de informação. Não acho que seja culpa da universidade, mas sim do momento histórico que estamos vivendo.
Nesse balaio todo, como fica a formação e estabelecimento de valores?
Estamos vivendo em um momento em que não dá mais para pensar somente em solos fundadores, não dá mais para trabalharmos com a ideia de fundamento. Isso não significa, necessariamente, que tudo é relativo. Se temos que abrir mão do absoluto, não quer dizer que temos que cair no relativismo. Acho que o modo de pensar atual, que diz respeito a essa sociedade pós-moderna, mudou – e aqui estou falando também sobre bases econômicas, economia, o medidor de riqueza. A forma como as pessoas se relacionam, a organização da sociedade, a política, tudo mudou. A impressão que tenho é que tudo o que é dito, apregoado, presente na forma de pensar vigente, é da ordem do relativismo. Então, no meu entender, não é por que nós abrimos mão do absoluto, do fundamento, que temos que cair no relativismo. Por isso essa necessidade urgente de critérios.
“A frustração se torna um elemento da vida cotidiana, pois, na medida em que há um convite ao impulso desenfreado ao consumo, sabemos que dispomos de meios limitados. Não podemos consumir tudo aquilo que é proposto. Daí a frustração” |
Você acha que o excesso de relativização em posturas e valores é um fenômeno da sociedade de massas? Seria melhor confundir que esclarecer, é isso?
Acho que é um fenômeno da sociedade de consumo, porque na verdade se trata o tempo todo de criar nichos de consumo e levar ao consumo desenfreado, não importam quais sejam os meios. A partir daí, nem acho que seja algo muito maior, do tipo “é melhor confundir do que esclarecer”. Acho que o negócio é converter mais os cidadãos em consumidores. Fico surpresa quando vejo toda uma discussão sobre a educação para transformar a educação em bem de consumo e não em dever do Estado.
No que se refere à pessoa, ao ser humano, nessa estrutura nós entendemos o grau de frustração dela?
Sim, sem dúvida. A frustração se torna um elemento da vida cotidiana, pois, na medida em que há um convite ao impulso desenfreado ao consumo, sabemos que dispomos de meios limitados. Não podemos consumir tudo aquilo que é proposto. Daí a frustração. Um consumo que não está ligado com necessidades genuínas, e sim a fantasias e necessidades criadas. Isso por um lado. Mas tem o outro lado, muito importante, que é o da solidão, que me toca particularmente por estar ligada à questão da identidade. As relações se dão a partir da maneira pela qual os indivíduos se veem e se enxergam. A partir do momento em que a identidade se tornou algo completamente fluido, a ponto de qualquer um ir à internet e poder produzir um número sem fim de identidades, ela deixa de ser colocada como era antes. Isso quer dizer que as relações também mudam completamente de figura. Em termos coletivos, a questão de identidade vem ligada à questão da memória. Está-se rifando, suprimindo por completo a memória de todas as maneiras possíveis. Então, como é que você pode ter algo mais coeso, mais inteiro e mais íntegro, se você não tem a memória? Então, a partir do momento em que se abre mão da identidade e da memória, cai-se na solidão, no isolamento.
Esse seu comentário faz lembrar da política e de como ela saiu de nossas vidas, como ela deixou de nos interessar. Você acha que isso está nesse bojo, nessa desmontagem?
Exatamente. Quando nós falamos dessa ideia de desmontagem, estamos falando da desmontagem do Estado. É como se o Estado não tivesse muito mais razão de ser. E por essa razão, por exemplo, os movimentos ecológicos, que têm o seu lugar e importância, têm a peculiaridade de falar a todo o planeta e não a um país determinado.
Trata-se de um desencanto e desmobilização da política, não?
Sim. Uma desmobilização que, se voltássemos lá atrás, nos anos de 1960, e pensássemos a situação em que vivemos aqui no Brasil, viveríamos uma espécie de binômio de contenção e transgressão. Agora tenho a impressão de que vivemos um momento de desmobilização política e que, em alguns momentos, há também uma confusão no que diz respeito à cultura, pois ela é frequentemente confundida com entretenimento.
Dá para fazer um paralelo entre os anos de 1960 e 1970 e agora? Não há um certo saudosismo?
Não trabalho com raciocínios hipotéticos tipo “se eu tivesse feito diferente, como seria?”, pois acho que não leva a lugar nenhum. Não assumo um partido nostálgico porque também acho que não leva a lugar nenhum. Apesar de que na minha vida pessoal, às vezes, eu sinto nostalgia de um momento em que nossa geração achou que podia fazer revolução e que isso era possível. Essa revolução era muito mais ampla, não apenas política, queríamos fazer um mundo novo, e sequer tínhamos condições de saber que haveria, sim, uma grande revolução. Uma revolução conservadora jamais vista e que é aquela que nós estamos vivendo hoje. Então, o que acho legal é perceber que estamos vivendo uma extraordinária revolução, de todos os pontos de vista, não apenas tecnológico, científico, estou pensando além disso. Estou falando na revolução em termos de pensar, agir, sentir, nos relacionamentos, como a gente se coloca no mundo, como a gente se percebe. Tudo isso está mudando de uma maneira extraordinária, e isso é uma revolução... Conservadora.
“Não trabalho com raciocínios hipotéticos tipo ‘se eu tivesse feito diferente, como seria?’, pois acho que não leva a lugar nenhum (...) Apesar de que na minha vida pessoal, às vezes, eu sinto nostalgia de um momento em que nossa geração achou que podia fazer revolução” |
Mas isso se deve a quê? Há quem diga que isso seria uma ressaca, ou que o mundo hoje em dia está muito técnico.
Tenho impressão de que estamos numa nova fase do capitalismo antes de qualquer coisa. Isso se faz sentir de diferentes formas, conforme o domínio, o meio. Mas penso também que é como se estivéssemos atravessando uma enorme onda. Pelo menos é assim que percebo a situação, não tenho ideia do que vou encontrar do lado de lá. E acho que é muito complicado ter essa ideia nos dias de hoje. Dada a aceleração do tempo e todas as acelerações. E a radicalidade no sentido de que tudo está sendo transformado. Os pontos de referência não são mais estáveis. O que também tem um lado interessante, pelo fato de os referenciais não serem mais estáveis, se nós não quisermos ser levados pela corrente e cair na vala comum do que é óbvio, dos bombardeios que sofremos diariamente pela publicidade, marketing, propaganda... Se nós quisermos nos diferenciar disso, temos de ser extremamente criadores, e isso é muito interessante. Podemos desenvolver aptidões para as quais antes não tínhamos convites para que fossem desenvolvidas. A começar pela própria imaginação. Por exemplo: recentemente andei trabalhando com a figura do workaholic [expressão em inglês que designa uma pessoa viciada em trabalho]. Eu quero entender isso no mundo em que estamos vivendo. É uma necessidade, então tenho procurado entender diferentes configurações de formas de agir. E foi muito curioso, pois em um determinado momento uma pessoa me procurou e me propôs participar de um encontro cujo tema era “como tornar o tempo mais rentável”. Respondi: “Você está procurando a pessoa errada. Não estou preocupada em tornar o tempo mais rentável. Isso é o que nos é imposto. Pense um tantinho na ideia de eternidade”, eu dizia. Não importa se ela existe ou não, mas, se nós colocarmos a ideia de eternidade ao lado do tempo fragmentado que a gente vive, tudo muda, não é? Imagine o eterno. Isso faz com que a gente tenha uma posição de distância. Um distanciamento para poder refletir sobre o mundo em que estamos vivendo.
Como você vê o workaholic? É um signo da sociedade contemporânea?
Sim, e que tem a ver com a rentabilidade, tornar o tempo mais rentável e se tornar um indivíduo mais rentável. Sei que existem empresas, por exemplo, em que os funcionários podem levar seus cachorros, ou que têm sala de ginástica, academia etc. A rentabilidade está em jogo. Existem estudos nessa direção, quando se fala de coeficiente emocional, de fazer com que o indivíduo renda mais. E a percepção desse tempo fragmentado é interessante, é o nosso tempo, quando a gente fala do aqui-e-agora, do presente.
Você acha que essa fragmentação leva a quê?
À pulverização da identidade e a uma constante insatisfação. Somos fragmentos, sem sombra de dúvidas. Desempenhamos papéis, temos algumas funções, fazemos algumas intervenções. Há um lado positivo, como eu disse, de sermos criativos para tentar agir, pensar e sentir de outro jeito. Tenho a impressão de que o vitimismo não nos leva a parte alguma. Não me sinto vítima dessa situação. Esse é o momento que estou vivendo, este é o meu momento. Este é o meu lugar, o meu país etc. Então, eu me vejo como cúmplice, de certa forma, de tudo o que ocorre. Vejo-me como partícipe de tudo aquilo que ocorre. E, dessa forma, também tenho capacidade de intervir, e isso é maravilhoso.
“Se não quisermos ser levados pela corrente e cair na vala comum do que é óbvio, (...) temos de ser extremamente criadores. Podemos desenvolver aptidões para as quais antes não tínhamos convites para que fossem desenvolvidas” |
Estamos falando de uma total desmobilização por parte da sociedade. Por quê?
Acho isso por um lado, mas acho que precisamos resgatar o que vem acontecendo de positivo. Se virmos a área de artes plásticas, tem muita coisa boa no Brasil acontecendo, certos movimentos políticos localizados, que tentam seguir os nossos parlamentares. Há intervenções dessa ordem, mas uma ação global não dá mais, aquilo que nós vivemos antes. Naquela época estávamos em uma ditadura militar, a época era completamente outra. Podemos, sim, extrair algumas coisas daquela época, como a forma de pensar, que pode contribuir. Para encarar de uma forma mais crítica a situação em que vivemos e quem sabe intervir nela. Ou seja, não esperar o grande momento para tomar uma atitude, mas fazer isso na vida cotidiana. Por exemplo, promover relações de outra qualidade. Acho que todo cidadão tem condições de intervir no seu meio.
Ou seja, esse mundo virtual com torpedo, mensagens, já é uma maravilha, não?
Tomado como meio, pode ser extremamente útil. Fico pensando como as pessoas se conectam rapidamente e promovem uma ação social por esses meios.