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Postado em

Marco Antônio de Almeida

Processos culturais & convergências tecnosociais

Estabelecer momentos revolucionários ou determinar pontos de inflexão
em processos históricos geralmente é uma tarefa bastante difícil. Apesar disso,
parece-nos que um dos fatores mais relevantes na mudança tecnocultural
dos últimos anos seja a confluência entre o estabelecimento/popularização das
redes telemáticas P2P e as tecnologias digitais. As redes P2P (peer to peer,
ponto a ponto) são umas das principais características da internet. Trata-se,
basicamente, de uma arquitetura de redes de computadores na qual cada um
dos pontos (ou nós) da rede desempenha funções tanto de “cliente” quanto de
“servidor”, possibilitando compartilhamentos de serviços e dados sem a necessidade
de um servidor central.

Com a possibilidade de serem configuradas
em diversos lugares – em casa, nas empresas e, principalmente, na Internet
– as redes P2P logo se tornaram imensamente populares e presentes no cotidiano
das sociedades. Na internet, essas redes podem ser utilizadas para
compartilhar músicas, vídeos, imagens, dados, enfim, qualquer conteúdo em
formato digital. A concepção de regimes de compartilhamento baseados em
padrões de reciprocidade e solidariedade decerto não é nova – remonta, no
mínimo, às observações de Marcel Mauss e Karl Polanyl sobre o tema. Por
outro lado, as possibilidades abertas pelas tecnologias trouxeram novas percepções
que transformaram as antigas noções de compartilhamento.


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