Sesc SP

postado em 16/07/2013

Surpresa no lançamento do CD Ladeira da Memória

Chico Buarque e Carlos Careqa durante passagem de som/Foto: Nathy Silva
Chico Buarque e Carlos Careqa durante passagem de som/Foto: Nathy Silva

Muito bom humor, pedido de casamento e Chico Buarque:
o lançamento do CD Ladeira da Memória ficou para a história.

 

Quando as luzes do Teatro do Sesc Pompeia se apagaram, um convidado entrou sorrateiro, passando por trás de toda a plateia atenta à interpretação precisa de Marcelo Pretto para a música Nego Dito, de Itamar Assumpção. A participação de Chico Buarque seria somente na segunda metade do show e levaria o público ao delírio.

A banda que acompanhou Carlos Careqa e os convidados era formada por Paulo Braga (piano), Sylvinho Mazzucca (contrabaixo), Guello (percussão), Mario Manga (guitarra, violão e violão tenor), Luis Antonio Montanha (clarinete), Rodrigo Nagamori (oboé), Mario Rocha (trompa) e Marcos Fokin (fagote).

Careqa deu sequência ao show, cantando a música Acho, de sua autoria, e logo depois Laser, de Ricardo Breim e José Miguel Wisnik. Bruna Caram interpretou Canção das mulheres do harém de Lampião, de Nico Nicolaewski, e chamou Marcelo Pretto para voltar ao palco, desta vez para apresentar a música Alma não tem cor, de André Abujamra.

O dueto da bem humorada “guarânia pop underground” Padaria, de Mario Manga, na voz do próprio compositor e de Carlos Careqa, seria também o bis com todos os intérpretes, e a música que ficou na cabeça de grande parte dos espectadores.

Logo depois o acordeonista Toninho Ferragutti acompanhou Carlos Careqa na música Londrina, de Arrigo Barnabé.

E então o pedido de casamento introduziu a próxima música: “eu queria que ela fosse minha companheira. Eu tenho o prazer de chamar agora a minha futura pretérita esposa, Bruna Caram”, que interpretou a delicada A Companheira, de Luiz Tatit.

Vania Abreu foi a responsável por duas tarefas delicadas e bem importantes: a interpretação de Sonora Garoa, de Passoca, e chamar Chico Buarque ao palco: “nunca pensei que hoje estivesse aqui, num projeto como esse e jamais imaginei que eu tivesse a honra de convidar ao palco Chico Buarque”.

Aplaudido de pé, Chico interpretou Ladeira da Memória e ao final chamou a soprano Celine Imbert para cantar Pan y leche, de Maurício Pereira. Marcelo Pretto voltou ao palco pela terceira vez e cantou Nós, de Tião Carvalho.

Foi então que Carlos Careqa apareceu com uma alegria resumida por uma simples metáfora: “ter um show onde Chico Buarque canta é mais ou menos como transar com a Sharon Stone. Naquela época (do filme Instinto Selvagem), agora não!” e levou o público às gargalhadas. E para encerrar o show, avisou: “não adianta chamar o Chico Buarque porque ele já foi embora. Isso foi um sonho que aconteceu, vocês entenderam?” e sim, a plateia entendeu. Tão surrealista ver uma participação especial surpresa de Chico Buarque quanto presenciar um balão de gás vermelho pousar lentamente na mão de Carlos Careqa no final do show, e depois seguir voando.

 

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Vídeo de lançamento do CD Ladeira da Memória | Selo Sesc

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