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ARTES VISUAIS postado em 02/04/2024

A relação entre arte e loucura

Obra de Pedro França: Ueinzz Mix #2 (o tarado de Copacabana), 1997/2017 - detalhe de instalação
Obra de Pedro França: Ueinzz Mix #2 (o tarado de Copacabana), 1997/2017 - detalhe de instalação

      


Lugares do delírio: arte e expressão, loucura e política, da psicanalista e ensaísta Tania Rivera, traz reflexões sobre o tema engendradas a partir de exposição com curadoria da autora.

Idealizada pelo crítico de arte Paulo Herkenhof, Lugares do delírio, a exposição, esteve em cartaz no Museu de Arte do Rio, de fevereiro a setembro de 2017, e, em versão ampliada, no Sesc Pompeia, de abril a julho de 2018. Cinco anos depois, em 2023, o livro chegou às livrarias, em co-edição pela N-1 e Edições Sesc.

Leia o texto de quarta capa do livro, assinado por Peter Pál Pelbart:

"Nunca mais se poderá falar sobre a relação entre arte e loucura sem passar por este estudo luminoso. Ao historiar o cruzamento entre ambas as esferas, Tania Rivera se instala na terceira margem do rio: o delírio. Não lhe falta experiência clínica, trânsito nas artes ou referências filosóficas para sustentar seu ponto de vista. Na esteira de Freud e mais além, ela postula que o delírio não deve ser pensado como distorção, porém como ação – ele é uma operação do sujeito na cultura. Os desdobramentos de tal abordagem são de grande riqueza. É o próprio estatuto da loucura que se vê revirado, com sua carga histórica e científica tão comprometida. Abre-se assim o que a autora chama, tão belamente, de uma micropolítica do delírio, com incidência nas práticas estéticas. A exposição Lugares do delírio, curada pela autora, e cujas belas imagens estão aqui disponíveis, revela como podem ser questionadas as fronteiras entre normal e patológico, arte e vida, museu e mundo. Não há neste trajeto falsa isenção. Tania Rivera toma posição a cada tópico, análise, obra, situação – pois a questão é ética, sempre. Haverá postura mais digna e aguda do que essa, quando se trata do desatino e de suas expressões?"

Para embarcar na "micropolítica do delírio" proposta por Rivera, leia um trecho:

 

 

 

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