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Descortinando horizontes

A informática não cessa de legar novos conhecimentos com a criação de equipamentos sofisticados e a geração de recursos para o bem-estar da humanidade, um desenvolvimento técnico sem par onde a imaginação é o limite. Um dos exemplos marcantes dessa busca pelo novo é o da impressora 3D, invento americano de meados dos anos 1980 e que, aperfeiçoado, vem ganhando popularidade em todo o planeta. Tema da reportagem de capa, a máquina que imprime qualquer imagem virtual em três dimensões – de turbinas de foguete espacial a medicamentos, e de casas a carros, podendo transformar tudo em objetos concretos, palpáveis e funcionais – já está sendo considerada a porta de entrada da quarta revolução tecnológica. Porque dispensa o uso de moldes e usinagem, entusiastas garantem que num futuro não muito distante levas de indústrias terão de adaptar suas estruturas operacionais para a prototipagem rápida ou manufatura aditiva, a definição que mais se aproxima do trabalho executado pela 3D.

A impressora dos sonhos ganha paulatinamente adeptos porque oferece uma gama de serviços até então não imaginados pelo mercado. Essa é, sem tirar nem pôr, a situação do franchising, outro assunto abordado nesta edição (“Celeiro de Grandes Negócios”), modelo comercial formatado pelos conterrâneos de Obama que chegou décadas atrás ao Brasil, alcançou enorme sucesso e alçou a nação à terceira posição no ranking mundial do setor. A expectativa é que esse ramo empresarial tenha encorpado 10% em 2014, depois de obter um excelente resultado em 2013 com o registro, no período, de 2.703 redes, 114.409 unidades franqueadas e R$ 115,5 bilhões de faturamento. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), os negócios na área crescem ininterruptamente no país há uma década, expansão que deve continuar na mesma toada pelo menos até 2020.

A tecnologia e a criatividade, definitivamente, andam de mãos dadas. Haja vista a espetacular ampliação dos negócios com o reprocessamento das latinhas de alumínio para embalar bebidas, artefatos que, no passado, acabavam como resíduo após o uso (“Campeão em Reciclagem”) e, hoje, geram renda e dão vida a um importante filão de mercado. No Brasil a reciclagem dá novo destino a 98% das latinhas, o correspondente a 18,4 bilhões de unidades reprocessadas anualmente, salto técnico e comercial que contribui com o meio ambiente e com a redução dos custos de produção, e responde pelo ganha-pão de centenas de milhares de brasileiros.

Boa leitura!

Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo 
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac