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Editorial
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Cada etapa da vida tem seus prazeres e suas belezas. Idade significa perdas e ganhos. E quem tiver garra, terá também condições de pontilhar sua existência de sonhos e realizações.
Se alguma ruga nos surpreender ou se o fôlego nos faltar, nada de entrar em pânico. É preciso manter a serenidade, ter consciência de que a vida é uma constante transformação e é preciso coragem, isto é, capacidade de seguir em frente, apesar de tudo. Em outras palavras, trata-se de um exercício contínuo de adaptação à vida.
A vida é uma dadiva preciosa que deve ser preservada, custe o que custar, para valer a pena ser vivida. Esta afirmação é verdadeira para qualquer fase da existência. Mas, a velhice será saldável se forem tomados os devidos cuidados, á medida que se vai percebendo o descenso das forças orgânicas sensoriais e motoras.
Preservar-se é uma consequência da responsabilidade que cada pessoa deve ter para consigo mesma, seu corpo e sua saúde. O investimento em si mesmo é necessário para a estruturação da autoestima. Portanto, desde que não seja patológico, nada mais natural que uma dose razoável de narcisismo para construir a própria identidade.
As barreiras dos preconceitos, sobretudo aqueles que se referem ao físico e enaltecem o corpo jovem como o ideal social não devem fazer ninguém desistir de ir à luta.
Neste número de "A Terceira" abordamos as atividades físicas e outros aspectos comportamentais correlatos, com o objetivo de apresentar alternativas que levam a mulher idosa a superar o preconceito da desvalorização estética e o homem idoso a afugentar o fantasma do medo da invalidez, estigmas de uma sociedade que perdeu o respeito por esta parcela de sua população.