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De uns tempos para cá, a China passou a ocupar a liderança entre os maiores investidores estrangeiros no Brasil, posição que reflete o dinamismo da política de expansão do gigante asiático sobre outros mercados. De 2009 a 2012, os chineses teriam aplicado em território brasileiro US$ 21,5 bilhões a título de instalação, aquisição e fusão de empresas. A bem da verdade, a nação mais populosa do planeta vem, pouco a pouco, assumindo papel de realce em nossa vida econômica. E também, nos últimos anos, transformou-se no maior parceiro comercial dos brasileiros, ocupando o lugar que outrora pertenceu aos Estados Unidos.

Em 2012, a corrente de comércio bilateral entre os dois países atingiu US$ 75,4 bilhões, e até 2016, acredita-se, esse montante deverá dobrar – a projeção se justifica, segundo analistas de mercado, pelas expectativas de crescimento da economia chinesa, que somente no primeiro trimestre deste ano avançou cerca de 7%. A reportagem “Os Chineses Estão Chegando” detalha a crescente interação entre o Brasil e a China no plano econômico, mostrando os grandes investimentos diretos daquela nação em setores-chave brasileiros, como o automotivo, o eletrônico, o de geração, transmissão e distribuição de eletricidade e o petrolífero.

Problemas Brasileiros também aborda a performance de ramos empresariais que, aparentemente, ainda não despertaram o interesse dos homens de negócios chineses: o cultivo de girassol e o mercado pet. A produção estimada de girassol, de 87,9 mil toneladas na safra em curso, em área cultivada de 60,5 mil hectares, representa um recuo em relação às colheitas de anos anteriores, mas os especialistas garantem que o Brasil tem um potencial de cultivo da ordem de 5,5 milhões de hectares. O panorama do mercado pet é diametralmente oposto: com mais de 100 mil pontos comerciais e 25 mil funcionários, o setor faturou, no ano passado, R$ 14,2 bilhões, volume que deverá crescer 5% ao ano até o final da década – números que dão ao país o segundo posto em escala mundial na prestação de serviços e comercialização de produtos para animais de estimação.

A presente edição traz ainda matérias sobre as primeiras quatro décadas da usina de Itaipu, as particularidades que cercam a Marginal Tietê, em São Paulo, e pesquisas de duas importantes universidades paulistanas que revelaram um dado preocupante: os brasileiros estão bebendo mais.

Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo 
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac