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Após o susto provocado pelas bruscas mudanças cambiais do início do ano, os especialistas desenham novas projeções para a economia brasileira. Com mais uma variável na equação - a taxa de câmbio, que, antes artificialmente fixada pelo governo, era como um lastro da pretendida previsibilidade da política econômica -, as dúvidas e interrogações se multiplicam. Mas a principal delas é velha conhecida, apenas deslocada para o novo cenário: pode-se ainda manter a estabilidade, voltar a crescer e, assim, esperar um país melhor?
De acordo com os economistas entrevistados na matéria de capa desta edição, a resposta só deve vir no segundo semestre, mas não faltam motivos de preocupação, como as eternas esquivas do governo em relação à reforma tributária.
Destacamos também neste número as recentes reavaliações da Guerra do Paraguai, um panorama atual dos recursos hídricos do país e uma visita ao pouco conhecido delta do Parnaíba, uma preciosidade natural encravada num dos estados mais pobres do Brasil.

"Problemas Brasileiros" registra o falecimento de Washington de Barros Monteiro, ocorrido no dia 13 de abril.
Advogado, Barros Monteiro presidiu o Tribunal de Alçada do Estado de São Paulo por duas vezes (1952/1953 e 1956/1957) e em 1959 foi nomeado desembargador do Tribunal de Justiça. Nesse ano conquistou a cátedra de Direito Civil da Faculdade de Direito da USP, em concurso público, e em 1981 foi nomeado professor emérito.
Membro do Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio do Estado de São Paulo desde a fundação, Barros Monteiro foi também colaborador desta publicação, que teve já em seu primeiro número um artigo assinado por ele.