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Lembrar, contar, compartilhar: A memória como caminho para o diálogo intergeracional
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ZILDA KESSEL (1)
RESUMO:
Este artigo nasceu da troca de idéias iniciada no Seminário de Co-educação de Gerações realizado no Sesc Vila Mariana, em 2003. Nele tive a oportunidade de participar de uma mesa em que foram apresentadas várias experiências de projetos intergeracionais, muitos dos quais implantados pelo SESC. A minha contribuição abordou a memória como elemento articulador de crianças e idosos em projetos educativos, tema tratado na minha dissertação de mestrado (1) e que, imagino, poderá alimentar idéias e projetos na área.
O projeto da pesquisa partiu de um interesse que permeou toda a minha vida profissional: as relações entre memória e a educação. Como a escola pode se constituir como espaço de trabalho e preservação da memória institucional e da comunidade e como o trabalho com a memória individual e coletiva é um fator decisivo para a formação dos indivíduos. Como resultado da pesquisa, pude identificar os conceitos e os elementos fundamentais para a construção de projetos de memória que promovam o diálogo entre idosos e crianças.
O que me pareceu, no princípio, uma possibilidade restrita à escola, vem se mostrando passível de concretização em outras instituições de educação não formal, como centros culturais, bibliotecas, museus e unidades do SESC. Foi o que pude perceber por meio dos relatos sobre o projeto Intergeracional apresentados na mesa de que fiz parte. Foi ali também que vislumbrei, com grande satisfação, articulações importantes entre a minha pesquisa e as práticas apresentadas que, me parecem, materializam uma política de atuação para o diálogo intergeracional.
Palavras-chave: memória; intergeração; integração
(1) Pedagoga, mestre em ciência da informação e documentação pela ECA/USP, especializada em museologia pela “École du Louvre”, França, professora do instituto Normal superior singularidades, Formadora do Museu da Pessoa.