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Editorial

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Por muito tempo, o Brasil ignorou a existência, entre sua população, de um contingente considerável de pessoas acima de sessenta anos. A pirâmide populacional geralmente apresentava a radiografia de um país jovem.

O censo de 1980, porém, confirmou as estimativas da ONU, principalmente em relação aos países em desenvolvimento e constatou a veracidade dos altos índices de crescimento da população idosa.

Esta constatação despertou a consciência nacional e mobilizou instituições e estudiosos da gerontologia na busca de ações preventivas, ante a situação que se esboçava.

Apesar do esforço individual e iniciativas institucionais, o trabalho com os idosos na sociedade brasileira sempre deparou com a falta de pesquisa que definissem um perfil mais autêntico do nosso idoso.

Os levantamentos censitários constituem a fonte quase exclusiva de informações a este respeito. Entretanto, pelo seu aspecto prioritariamente quantitativo, eles não revelam dados mais específicos sobre as características e condições de vida das pessoas de idade avançada. Este trabalho deve ser completado pela pesquisa, mas a escassez de recursos financeiros representa sério obstáculo ao seu desenvolvimento entre nós.

É por isso que queremos destacar, neste número, a importância do trabalho "Epidemiologia da Terceira Idade em Pelotas-RS", realizado pelo centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade (CETRES) da Universidade Católica de Pelotas.

Já é tempo de fundamentar mais cientificamente nossa ação nesta área, para que tenha continuidade o que se fez até hoje de maneira puramente empírica.