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30 anos do Sesc Pompeia contados em exposição e livro

anos 70 - projeto da Área de Convivência do Sesc Pompeia em obra
anos 70 - projeto da Área de Convivência do Sesc Pompeia em obra

 

Os 30 anos do Sesc Pompeia são comemorados com exposição e lançamento de livro que contam a história da fábrica que se transformou em modelo de centro de convivência, entretenimento, cultura e lazer reconhecido no mundo todo.

Anualmente, cerca de um milhão de pessoas visitam o Sesc Pompeia. As portas se mantêm abertas para quem quiser entrar, seja para passear com a família, brincar, tomar sol, assistir a shows, espetáculos de dança e teatro, nadar, jogar bola ou apenas para passar o tempo livre sem fazer nada. Mas pouca gente sabe que o Sesc Pompeia levou nove anos para transformar uma antiga fábrica de tambores na reconhecida unidade do Sesc como é hoje.

A partir de sexta-feira, 28 de fevereiro, dia da abertura da exposição Sesc Pompeia: 30 anos, muita gente terá oportunidade de conhecer a história deste marco arquitetônico e cultural dos paulistanos.

Com concepção e coordenação geral dos arquitetos André Vainer e Marcelo Ferraz - estagiários da arquiteta Lina Bo Bardi no projeto desde o início até o fim da obra - a exposição apresentará em uma sofisticada linha do tempo a história da fábrica construída em 1938 pela firma alemã Mauser & Cia Ltda inspirada em um projeto inglês característico do início do século. Em 1945, a empresa foi vendida para a Indústria Brasileira de Embalagens Ibesa, fabricante de tambores e posteriormente instalou em seu espaço a Gelomatic, indústria de geladeiras a querosene. No início dos anos 70 o Sesc ocupou o espaço com o propósito de recuperar e manter a velha fábrica para abrigar seu projeto de ação cultural.

A arquiteta Lina Bo Bardi foi convidada a realizar o desafio. O projeto que conhecemos hoje foi desenvolvido dentro do próprio canteiro de obras. A obra corria ao mesmo tempo em que seu projeto era criado pela equipe da arquiteta. O escritório funcionava em barracos improvisados. O contato com os engenheiros, os mestres de obras e os operários era direto, sem mediadores ou burocracias.

O resultado todo mundo conhece: o Sesc Pompeia brotou como uma pequena cidade sem automóveis, sem pressa, onde milhares de pessoas, diariamente, se encontram e usufruem da programação, que marcou a história com o lançamento de diversas bandas, grupos de teatro e de dança.

Lançamento do livro


Além de curadores, Vainer e Ferraz são os organizadores do livro Cidadela da Liberdade: Lina Bo Bardi e o Sesc Pompeia, lançado pelas Edições Sesc SP. Em 1999, eles organizaram, durante a IV Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, a exposição Sesc Pompeia: Cidadela da Liberdade, que homenageava um dos projetos arquitetônicos mais surpreendentes que saiu da imaginação e da prancheta de Lina Bo Bardi. Na ocasião, além de abordar a obra da arquiteta italiana radicada no Brasil, Vainer e Ferraz tinham por objetivo evidenciar os conceitos que sustentam uma das mais nobres funções da arquitetura: a de promover e construir espaços de convivência.

 

Após 14 anos, o catálogo distribuído aos visitantes daquela exposição se ampliou, transformando-se em um livro de arte, com desenhos, imagens e textos acrescentados ao material original, propiciando ao leitor novas leituras e conexões, constituindo-se em uma importante fonte de pesquisa e de inspiração para interessados neste trabalho e na arquitetura em geral.

 

 

 

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