Postado em 23/05/2016
“Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”
Amyr Klink
Amyr Klink realizou a primeira travessia solitária do Atlântico Sul a remo, da Namíbia a Salvador, em 1984. Seus desafios começaram na construção dos seus barcos e no planejamento de suas viagens. Em 1989, sozinho, ele passou um inverno inteiro a bordo de um pequeno veleiro - o Paratii - na Península Antártica.
De lá seguiu para o Ártico, cruzando os dois círculos polares da Terra numa mesma viagem. Viajou 27 mil milhas em 642 dias.
Navegou com o Paratii ao redor da Antártica, em 1998, completando a primeira circum-navegação do Continente Antártico. Em 2005, a bordo do Paratii 2, circum-navegou a Antártica novamente, mas desta vez sem escalas e com tripulação. Desde 2006, passou a contar também com sua família como parte da tripulação em viagens polares.
Descobrir paisagens, saborear outros gostos, sentir novos cheiros e ir ao encontro do outro; viajar torna tudo isso possível. E, se o objetivo do viajante é transcender o estereótipo do turista convencional, as descobertas acontecem ao mesmo tempo em que se cria uma relação de respeito com o lugar e seus habitantes. Partir e conhecer por si é o que motiva diversas pessoas, como os convidados do projeto #partiu, que apresenta viajantes que realizaram grandes jornadas e tiveram vivências transformadoras e que podem, também, inspirar você a viajar!
O Sesc São Carlos recebeu Amyr Klink neste projeto e a EOnline bateu um papo com ele sobre turismo comercial, mudanças climáticas, viagens tripuladas e viagens solitárias, sobre autoconhecimento, família e outras coisas.
Na conversa ele também conta como o turismo mudou e hoje as pessoas não querem apenas a experiência contemplativa, mas também vivenciar o local através de escaladas, trekking e chegar perto dos animais.