Postado em 25/04/2016
Um percurso que enche os olhos e instiga os sentidos. É essencialmente isso que os visitantes encontram na exposição Desenhos de Cena #1, que o Sesc Pinheiros recebe até 10 de julho de 2016. Ao reunir obras de 16 artistas da África do Sul, Brasil, China, Finlândia, Holanda, Itália, Nova Zelândia e Reino Unido, a mostra se propõe a levar o público a entrar em contato com o resultado do encontro entre o teatro e as artes visuais, interagindo e descobrindo as múltiplas possibilidades do desenho cênico resultantes da reunião de elementos como luz, som, figurino, tridimensional e tecnologia.
Para tanto, são apresentadas instalações como The Water Banquet (O Banquete D’Água), do britânico Richard Downing, em que uma mesa de nove metros de comprimento fica disposta de forma que o público possa se sentar e, a partir de um menu, como em um restaurante, escolher a forma como a ação se desdobrará. Ou Melting Point (Ponto de Fusão), em que o designer de som finlandês Antti Mäkelä capta e reproduz os ruídos da água em diferentes estados – fluida, congelada, derretendo, em evaporação – para produzir uma sonoridade autônoma, imprevisível, nuançada, espacial. Ou ainda Ni Una Mas (Nem Uma Mais), traje-performance com mais de 400 ímãs confeccionado pela figurinista italiana Giulia Pecorari que, representando uma “armadura psicológica”, busca denunciar a violência contra a mulher.
Aby Cohen (Brasil) é artista, cenógrafa, figurinista e curadora. Formada em Design pela FAAP, iniciou sua carreira no teatro no Grupo Macunaíma, de Antunes Filho, na década de 1990. Como cenógrafa e designer de cena, recebeu prêmios como o IDCA - International Design Comunication Awards (2013), pela exposição MixMax Brasil (Amsterdam, 2012-2015); e a Golden Triga PQ’11, distinção máxima da Quadrienal de Praga, pelo design e a curadoria da Mostra Nacional Brasileira: Personagens e Fronteiras - Território Cenográfico Brasileiro. Integrou a equipe artística curatorial da Quadrienal de Praga, a PQ’15 SharedSpace: Music – Wheater – Politics, a convite de Sodja Lotker, assumindo o segmento Politics. Na PQ’15 desenvolveu também o projeto No Man’s Land (Terra de Ninguém), ocupação do The Crossroads, um dos espaços culturais mais simbólicos de Praga. Doutora em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da USP, leciona Cenografia na pós-graduação da Faculdade Belas Artes, em São Paulo.
Sutra, por Antony Gormley [Reino Unido]
Melting Point (Ponto de Fusão), por Antti Mäkelä [Finlândia]
Arquivo, por Bia Lessa [Brasil]
Puxadinho, por Cris Bierrenbach [Brasil]
Homo Desperatus, por Dries Verhoeven [Holanda]
InHABITing Dress (Vestimenta Habitável), por Emma Ransley [Nova Zelândia]
Rough Musick (Música Bruta) e Outros, por Gavin Krastin [África do Sul]
Ni Una Mas (Nem Uma Mais), por Giulia Pecorari [Itália]
Whispers (Sussuros), por Ian Evans [Reino Unido]
No Ar, por Laura Vinci [Brasil]
Wilderness (Vastidão), por Liu Xinglin [China]
Bailarina de Papel e Trupe Molière, por Marina Reis [Brasil]
Light Paintings (Pinturas de Luz), por Peter Mumford [Reino Unido]
The Water Banquet (O Banquete D'Água), por Richard Downing [Reino Unido]
Strandbeests (Criaturas da Praia) e A Boy’s Dream (O Sonho de Um Menino), por Theo Jansen [Holanda]
Incompleto, por Valéria Martins [Brasil]