Postado em 05/02/2016
Verão é tempo de lazer e de aproveitar o calor, certo? Claro! Mas também é época de atenção: afinal, é a estação do ano com mais chuvas e maior incidência da dengue. Só em 2015, foram registrados mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue no Brasil, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. Para agravar, somaram-se a ela a febre Chikungunya e o Zika vírus, transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti.
A prevenção continua sendo a melhor arma: para o mosquito não nascer, é preciso acabar com a água parada. Governo e prefeituras estão mobilizando esforços para combater o mosquito, mas é importante a participação de todos nessa luta. Vasos, garrafas, pneus, caixas d’águas destampadas: tudo pode ser um foco de reprodução do Aedes. Você já verificou o seu quintal hoje? Uma atenção rápida e semanal aos detalhes na nossa casa pode ser decisiva no combate a essas doenças. Que tal dedicar 10 minutos para checar os seguintes itens?
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Fonte: Rede Dengue/Fiocruz
O ciclo de vida do Aedes aegypti leva cerca de 7 a 10 dias. Assim, se verificarmos e eliminarmos os criadouros uma vez por semana, podemos interromper seu ciclo e evitar o nascimento de novos mosquitos.
O Ministério da Saúde sugere o sábado da faxina:
Se observar um possível foco de proliferação do Aedes em sua cidade, é possível denunciá-lo em um mapa interativo no site do Governo do Estado de São Paulo. As denúncias serão direcionadas aos gestores das 645 cidades paulistas para que os municípios providenciem ações de eliminação e bloqueio de criadouros nesses locais.
Chikungunya significa "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953. A Febre Chikungunya é uma doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.
O vírus Zika foi identificado pela primeira vez em 1947, na floresta Zika, em Uganda. O primeiro caso no Brasil aconteceu em abril de 2015. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias.
O Zika tornou-se motivo de grande preocupação por conta da ligação, confirmada pelo Ministério da Saúde, entre o vírus e o aumento de casos de microcefalia, uma malformação congênita, em que o cérebro do bebê não se desenvolve de maneira adequada. Por isso, gestantes precisam ter cuidados redobrados para evitar o mosquito. Entre as recomendações, estão o uso de blusas e calças compridas, a colocação de telas de proteção em portas e janelas e o uso de repelentes, desde que regulamentados pela Anvisa e de acordo com as orientações dos fabricantes. É importante comparecer às consultas do pré-natal, realizar todos os exames recomendados pelo médico e não usar medicamentos não prescritos.
O Sesc apoia o combate ao mosquito e reforça seu compromisso educativo, seja no exemplo do cuidado diário na infraestrutura de suas unidades, seja nas suas ações online ou em sua programação. Em fevereiro, duas atividades no Sesc Santo Amaro abordam o assunto: a intervenção Os detetives no combate à dengue e o curso Sustentabilidade contra o Aedes aegypti.
Acreditando no potencial dos nossos frequentadores como multiplicadores, perguntamos: o que você faz para prevenir a Dengue, Zika e Chikungunya?
Fontes: Ministério da Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Fiocruz.