Postado em 06/01/2016
O Teatro Lira Paulistana foi um dos lugares mais importantes da cultura da cidade na década de 1980. Um templo da música e ponto de encontro da vanguarda paulista, reuniu diversos nomes como Itamar Assumpção, Tetê Espíndola, Ná Ozetti, Luiz Tatit, Rumo, Titãs, Kid Vinil, Ratos de Porão, Inocentes, Divina Increnca, Língua de Trapo, Premê, Alzira, entre outros.
Além da música, o Lira também agregava outras linguagens artísticas, como a literatura e o cinema. Muitos dos filmes da época ficaram em cartaz no espaço e, no projeto 'Lira Paulistana: 30 Anos. E Depois?', o Sesc Ipiranga exibe estes filmes na programação. Eles retratam o momento do país naquele período. Dos alternativos aos de apelo popular, todos tinham espaço no Lira.
A mostra começa no dia 12/1 (19h30) com o filme 'Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista', apresentando depoimentos de sócios, trabalhadores, artistas e pessoas que acompanharam as produções do Lira Paulistana.
No dia 19/1 é a vez de 'O Homem que Virou Suco', produção de 1979. Deraldo (José Dumont) é um poeta popular recém-chegado do Nordeste a São Paulo, que sobrevive de suas poesias e folhetos. Ele é confundido com o operário de uma multinacional que matou o patrão, na festa em que recebia o título de operário símbolo.
Ainda estão na programação:
Deu pra ti Anos 70 (2/2)
O Bandido da Luz Vermelha (16/2)
A Marvada Carne (23/2)
Cidade Oculta (1/3)
Iracema, uma Transa Amazônica (8/3)
As exibições são gratuitas, com retirada de ingressos com 1 hora de antecedência na bilheteria do Sesc Ipiranga.