Postado em 28/07/2015
Um dos motivos do jazz ser um dos gêneros musicais mais completos é justamente a diversidade de modos de fazê-lo. O jazz vaga de país em país, se misturando aos estilos e às etnias peculiares de cada região, seja encorpando ou incorporando o resultado final. Uma das provas disso são os infinitos subgêneros criados ao longo da sua história: ragtime, bebop, hardbop, free, fusion, samba-jazz, world jazz, etc.
Como disse um dia Louis Armstrong, “o jazz não é um o quê; o jazz é um como”. Como fazer? Como construir uma reputação em tantos anos, sem nunca ter sua originalidade questionada? Para levar ao público a prova de que o jazz é mais do que um simples agregador de vertentes, só mesmo um Festival de grande porte, com verdadeiros representantes, dessa miscigenação artística, escolhidos depois de muita audição.
Por isso, entre os dias 6 e 30 de agosto, a quinta edição do Festival Jazz na Fábrica do Sesc Pompeia traz artistas dos Estados Unidos, México, Israel, Cuba, Inglaterra, Japão, França, Áustria e Brasil, em mais de 20 apresentações, provando a versatilidade e o alcance mundial de um gênero que superou os limites de sua produção. Nomes que fizeram a história da música negra estadunidense (Kenny Garrett, Muhal Richard Abrams, William Parker, Marlena Shaw, Roy Hargrove), apostas brasileiras (Jazz na Kombi, Bixiga 70 e Projeto Coisa Fina) e outros nomes de grande importância no mundo [Soft Machine (GBR), Makoto Kuriya (JAP), Laurent De Wilde (FRA) e Tânia Maria (BRA)], formam a base do festival em 2015.
O festival se tornou um dos mais diversificados do segmento no Brasil. Desde 2011, já trouxe aos palcos da Choperia e do Teatro do Sesc Pompeia, além dos espaços a céu aberto, nomes importantes e representativos do jazz internacional (McCoy Tyner, Cassandra Wilson, Randy Weston, Dee Dee Bridgewater, Cedar Walton, David Murray, Christian Scott e Archie Shepp) e da música brasileira identificada com o jazz (como Raul de Souza, Leny Andrade, César Camargo Mariano, Eliane Elias, João Donato, Cyro Batista, Airto Moreira e Letieres Leite), além de nomes que têm despontado nos últimos anos no cenário mundial (como Avishai Cohen, Ibrahim Maalouf, Harold Lopez-Nusa, Richard Bona e Hiromi Uehara).
Com uma perspectiva abrangente, a programação contempla o expansivo universo da produção jazzística mundial em sua diversidade de estilos, origens e aproximações interculturais. A proposta curatorial para esta edição explora os limites do jazz atual, avançando em suas fronteiras, como nas edições anteriores. Trata-se de um olhar voltado para os desdobramentos e transformações do gênero ao longo das últimas décadas do século XX, agregando elementos das mais diversas tradições e tendências musicais que circundam pelo mundo e oferecendo ao público frequentador do Sesc uma variada riqueza sonora.
Dessa vez, pensamos além. Para a venda na web, reservamos 60% dos ingressos, que estarão disponíveis a partir do dia 29, quarta, às 12h; e presencialmente, nas unidades, no dia 30, quinta, às 17h30. Agora, é preparar a sua agenda com antecedência e cair no mundo do jazz.