Cantador da Brasilidade

Xangai encerra série de apresentações do seu 17º disco dia 25 de junho no Sesc Taubaté 

Xangai é uma das maiores áreas metropolitanas do mundo, localizada na costa oriental da China. Este era também o nome da sorveteria que o pai de Eugenio Avelino mantinha em Nanuque, norte de Minas Gerais. Foi dali que veio a alcunha que o Xangai brasileiro vai levando adiante nos seus 40 anos de carreira musical. Nativo de um contexto bem diferente da mega cidade chinesa, o músico nasceu na zona rural do sul da Bahia, onde aprendeu o ofício de vaqueiro e domador de cavalos.

Em entrevista ao programa Nomes do Nordeste, o artista, que é filho e neto de sanfoneiros, conta que a musicalidade se desenvolveu em sua vida com o canto típico usado pelos sertanejos para guiar o gado: “Os vaqueiros cantando, eu molequinho atrevido, abria uma voz diferente, aquela voz aguda, fina, de menino, fazia um trio, um quarteto com os vaqueiros”. Foi aboiando rebanhos com seu pai e com outros boiadeiros no sul da Bahia que Xangai começou a criar seu estilo de cantar.

Definido por ele mesmo como ‘cantador’, Xangai chegou a cursar faculdade de economia por três meses, mas para a sorte de quem é fã da poesia do sertão, optou pela música. Assim, na década de 70 desembarcou no Rio de Janeiro, mesma época em que Fagner, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Elba Ramalho traziam sua arte para o sudeste. Em 1976 lançou seu primeiro disco, com o título de Acontecivento.

De lá para cá foram 16 discos, até o seu mais recente trabalho, intitulado ‘Xangai’, a ser lançando numa série de cinco shows por unidades do Sesc. Confira todas as datas e unidades clicando aqui.
 

Xangai canta "Despenar" no porgrama Sr. Brasil