Postado em 22/04/2015
A pesquisa de Caio Ferreira, que já foi publicada no livro Discurso e Leitura de Imagem, aborda um famoso vídeo institucional do ilusionista norte-americano David Copperfield. “Na análise é possível verificar os sujeitos apresentados pelo artista em suas produções e suas associações com outros sujeitos de destaque como: os grandes ídolos da música americana, o personagem Superman e a figura de um presidente norte-americano”.
Com a orientação da professora doutora Nádea Regina Gaspar, especialista em Foucault, que produziu um dos poucos materiais sobre o tema até hoje, Caio analisou elementos teatrais e mercadológicos do renomado artista norte-americano.
Para Caio, as artes mágicas no Brasil ainda estão longe de serem valorizadas como nos festivais europeus, norte-americanos e asiáticos. “Nestes países, existe uma cultura maior por parte do público e de produtores culturais para promoção de espetáculos teatrais e circuitos de variedades nos quais os artistas possuem mais espaços e canais de divulgação junto ao público.” Além dessa programação mais intensa, nos mesmos lugares há exibição de especiais na televisão valorizando o gênero, com estilos mais modernos de ilusionismo, criando assim demandas para espetáculos teatrais.
“Cabe considerar que os termos ‘mágico’ e ‘ilusionista’ são sinônimos e descrevem a mesma função artística. Entretanto, na opinião de alguns teóricos o termo “ilusionista” refere-se ao "entertainer" que executa efeitos mágicos com maior produção cênica e teatral. Para esta linha de pensamento, o ‘mágico’ tem uma produção mais simples, enquanto que o ‘ilusionista’ faz os mesmos efeitos de um ‘mágico’ com o acréscimo de uma riqueza cênica maior: iluminação, musicalidade, jogo cênico, narrativas mais elaboradas e produções com maior know-how técnico. Elementos que elevam os efeitos de mágica para outra atmosfera e tornam, na minha opinião, a ‘mágica’ muito mais ‘mágica de verdade’.” Considera Caio, sobre a diferença entre mágica e ilusionismo.
A questão, no Brasil, é ressaltada pelo termo mágica ser remetido somente, ou na maioria das vezes, ao profissional de festas infantis ou o artista de circo com cartola de onde tira coelhos. “Embora tenham o seu valor, não representam toda potencialidade de nosso segmento”. O objetivo de Caio é contribuir, então, para aprimorar as artes mágicas no país e, com isso, divulgar os brasileiros internacionalmente também.
Ao apresentar um espetáculo de ilusionismo ou mágica dá-se a oportunidade de o público conhecer uma obra de arte, que foi concebida e melhorada para o seu entretenimento. Caio ainda ressalta sobre suas apresentações no Sesc, que proporciona aos artistas a chance não só de se apresentar, “também nos prepara, aprimora sempre em parceria com o feedback do público para aperfeiçoarmos as cenas teatrais que levam o nome do Brasil para alguns dos maiores festivais internacionais de ilusionismo. E isso, é maravilhoso”.
A oficina Mágica, teatro e poéticas visuais, ministrada pelo ilusionista Caio Ferreira, complementa o espetáculo A arte do ilusionismo”, apresentado também pelo artista, nos dias 16 e 17 de maio, respectivamente.
o que: | |
quando: |
16/mai |
onde: | Sesc São José dos Campos |
ingressos: |
grátis |
o que: | |
quando: |
17/mai |
onde: | Sesc São José dos Campos |
ingressos: |
R$ 5,00 a R$ 17,00 |