Postado em 30/01/2015
Maria das Graças Sobreira Leal (*)
RESUMO
Este artigo descreve a necessidade de avaliar os idosos, mesmo aqueles que estão tendo um envelhecimento normal, de observar com o passar dos anos o aumento da fragilidade e agir preventivamente para que possam continuar independentes e com autonomia. Ressalta também que existem vários desafios a superar para uma população que atinge idades avançadas, como: o custo da saúde, questões familiares e poucas pessoas qualificadas para cuidar dos idosos podem trazer um grande impacto social e financeiro para a sociedade. Uma avaliação geriátrica ampla envolvendo vários profissionais resultaria em ações preventivas, que garantiriam uma reabilitação da fragilidade, e em orientações para o monitoramento da manutenção da saúde, evitando internações ou visitas freqüentes a médicos e hospitais. A sugestão é começar a tomar providências antes da crise chegar. Tão logo os pais comecem a envelhecer, logo após os 60 anos, o correto seria os filhos discutirem com eles questões de saúde, legais e financeiras. Planos feitos com antecedência farão os problemas parecerem mais simples. Ter confronto com eles durante uma crise de saúde pode ser avassalador, desesperante e não levar a nada. Começar do zero em um momento de crise é muito difícil, trabalhoso e caro. O mais prático é já ter as opções levantadas com o próprio idoso antes dos acontecimentos.
Palavras chave: idade avançada, fragilidade, prevenção, planejamento de cuidados.
ABSTRACT
This article describes the need to assess the elderly, even those going through a normal aging process, observe their increasing fragility over time and act preventively in order to enable them to maintain their independence and autonomy. It also points out that there are many challenges to be overcome by a population reaching an older age, such as those related to health costs, family issues and a lack of qualified people to care for the elderly, which can cause a significant social and financial impact for society. A comprehensive geriatric assessment involving several professionals would result in preventive actions to ensure rehabilitation and guidance, thereby helping to preserve health and avoiding frequent hospitalizations or visits to doctors and hospitals. The suggestion is to start taking measures before the onset of a crisis. As soon as parents start getting older, from the age of 60 onwards, their sons and daughters should discuss with them issues related to health, legal and financial matters. Early planning will make problems seem easier to deal with. Waiting to deal with problems during a health crisis will make them feel overwhelming, causing desperation and bringing no solutions. Starting from ground zero in a moment of health crisis is very hard, timeconsuming and expensive. The most practical thing to do is to discuss all the relevant issues directly with the elderly before a health crisis strikes.
Keywords: old age, fragility, prevention, planned care.
(*) Mestre e doutora em Psicologia Clínica na área de Gerontologia e coordenadora do Curso de Gerontologia Social do Instituto Sedes Sapientiae/SP. email: idea-mgl@uol.com.br