Postado em 01/03/2001
JORGE LEÃO TEIXEIRA
Cachorrices Nomeada pelo prefeito César Maia para a recém-criada
Secretaria Municipal Extraordinária de Defesa dos Animais, Maria Lúcia Frota designou
Doca, pastor alemão, oficial de gabinete, sujeito a jornada de seis horas. Como não
admite que Doca nove meses, 25 quilos faça hora extra, ele ganhou um
regra-três que cumprirá o restante do expediente diário. Doca, além de trabalhar no
gabinete da secretária, viaja também de carro oficial, a pretexto de garantir sua
segurança nas diligências que investigam os maus-tratos infligidos em animais.
A nomeação levou um gaiato a sugerir que se instalasse um miniposte no banheiro da
secretária.
Signo da vaca O jogador Edmundo foi recebido entusiasticamente na Itália, sendo apresentado aos torcedores do Napoli no estádio San Paolo, exibindo a camisa que usaria com seu nome e o número 97, que no jogo do bicho corresponde ao grupo da vaca. Espera-se que o "Animal" tome juízo e não se comporte em campo como a vaca louca, de triste fama na Europa.
Tiro no pé O canal Sony, da TVA/Net, apesar de um verão de fritar ovos no asfalto, desde dezembro bombardeia os telespectadores brasileiros com um apelo surrealista, repetindo na programação este lembrete: "Está chovendo, faz frio lá fora, não dá pra fazer piquenique. O melhor é ver a Sony". Alguma alma caridosa precisa explicar à Sony como funciona esse negócio de quatro estações, num mundo com dois hemisférios.
Terror tupiniquim O famoso Sundance Film Festival, encontro cult do cinema internacional, na sua versão 2001 realizada nos Estados Unidos, prestou uma homenagem a José Mojica Marins. Nosso popular Zé do Caixão foi atração dos Filmes da Meia-Noite daquele festival. A mostra foi encerrada com a exibição do clássico À Meia-Noite Levarei Sua Alma, filme no qual o rei do terror de Vila Mariana criou o personagem Zé do Caixão. Também foi exibido um documentário em vídeo que fez o maior sucesso sobre O Estranho Mundo de José Mojica Marins, explicando, em detalhes, como aterrorizar as platéias à base de tripas de plástico e sangue de tinta Suvinil.
Draculices Dois integrantes da quadrilha que roubou um carro em Porto Velho
(Rondônia) descobriram na mala do veículo alguns frascos de sangue e, sem perder tempo,
beberam o conteúdo. Horas depois, presos, os candidatos a conde Drácula souberam que o
carro pertencia a Altyne Gomes, funcionária de um laboratório de análises clínicas que
recebera amostras de sangue, possivelmente contaminado pelo vírus HIV, que seriam
submetidas a novos exames.
Uma estréia desastrada, com o pé esquerdo, no vampirismo.
Tudo pelos ETs A prefeitura de Varginha (MG) promoveu um concurso para escolher o logotipo que homenageará seus mais ilustres visitantes, os extraterrestres que, desde o dia 20 de janeiro de 1966, quando dois deles desembarcaram na cidade fazendo manchetes no país e no exterior, não param de rondar os céus da região. A ponto de o município usar os ETs na propaganda de vários produtos locais, como sucede com seus elogiados sorvetes. A Associação Comercial de Varginha também já registrou a marca ET para fins promocionais.
Rei versus astrólogo Os astrólogos continuam dando cartas no mundo
inteiro, alguns deles mais sinistros em seus vaticínios do que o próprio Nostradamus. A
propósito de astrólogos, nunca é demais lembrar um episódio que envolveu Luís XI, rei
da França, e seu astrólogo, Galeotti, antes da batalha de Péronne. O monarca consultou
o astrólogo sobre o resultado do combate, recebendo a garantia de que tudo correria bem.
Luís XI, após sofrer uma acachapante derrota, convocou o carrasco real para dar cabo do
astrólogo. Quando Galeotti foi levado à presença do rei, este perguntou irônico se ele
seria capaz de prever o dia da própria morte. Com as barbas de molho, o astrólogo
respondeu que sua ciência não chegava a tal exatidão, acrescentando: "Tudo o que
posso dizer é que morrerei três dias antes de Vossa Majestade".
Pelo sim, pelo não, contam as crônicas que Luís XI dispensou o carrasco e poupou
Galeotti, exigindo apenas que não mais fizesse previsões de ordem militar
Coisas de Papai Noel Caixa eletrônico instalado num supermercado de Antibes, na Côte dAzur, Riviera, apareceu com um estranho defeito às vésperas do Natal: entregava o dobro da quantia pedida no saque, mas registrava apenas o valor digitado pelo cliente. A fila que passou a se formar diante do caixa caridoso ficou enorme, até que o erro fosse denunciado e a máquina infiel desligada. Ouvidos pela reportagem do jornal "Le Figaro", muitos dos felizardos confessaram que o presente só poderia ser obra de Papai Noel.
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