Postado em 16/09/2014
Magrela, camelo, bike, calanga, puxeta… Não importa o nome, ela é queridinha das crianças e hoje virou símbolo de sustentabilidade e mobilidade urbana: a bicicleta. Sua origem ainda é questionada e disputada, entretudo foi no século XIX, em plena Europa industrial, que seu desenho foi lapidado e transformado em um meio de transporte amplamente utilizado. Como o carro ou a motocicleta, a bike também precisa de motor e combustível para funcionar. Entretanto, difere em sua composição: o motor é o corpo humano; o combustível, a boa alimentação e a hidratação adequada. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, é considerada um “veículo de propulsão humana”. O código afirma que é direito do ciclista circular pelas ruas e estradas das cidades brasileiras.
O uso da bicicleta, seja como meio de transporte, lazer ou como atividade profissional, auxilia no condicionamento físico do praticante e, consequentemente, na saúde e no bem-estar. Para Jefferson V. B. Alves, monitor de esportes do Sesc Birigui, a bicicleta traz inúmeros benefícios para quem a utiliza. Ele também aponta que pedalar é sinônimo de conhecer o espaço onde se pedala: o bairro, a vizinhança, a cidade, o campo... E ressalta que a atividade resulta positivamente quando realizada com atenção às leis de trânsito, os equipamentos de segurança necessários e os cuidados com o corpo (alimentação, hidratação e proteção do sol).
A administradora de empresas e ciclista Carolina G. S. Correa pedala três vezes por semana. Segundo a praticante, pedalar “desestressa, aproxima o indivíduo do meio ambiente, exercita o corpo e auxilia a aliviar o trânsito”. Carolina comenta que há cuidados necessários para a prática nas vias urbanas, como o conhecimento dos ciclistas em relação às normas de trânsito e a conscientização dos motoristas dos demais veículos no que diz respeito ao convívio entre ambos.
Além dos benefícios para a saúde do corpo e da mente, a bicicleta é uma opção para as grandes cidades que sofrem diariamente com o problema do congestionamento. Ocupando pouco espaço nas ruas e avenidas, a bicicleta possibilita a fluidez ao trânsito. Entretanto, aliviar as vias urbanas não é o único benefício garantido pelas "magrelas". O veículo, ecologicamente correto, também contribui para a saúde do planeta.
Para a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Araçatuba, cidade onde o Polo Avançado do Sesc Birigui está inserido e que recebe as atividades do Clube do Pedal, a bicicleta auxilia no alívio do tráfego e tem um papel ecológico fundamental. O setor afirma que é necessário “educar para o trânsito” com o enfoque na convivência harmoniosa entre todos os veículos, e alerta para a importância da conscientização dos ciclistas em relação ao reconhecimento da bicicleta como veículo com regras de utilização.
O Brasil é o quinto maior mercado consumidor de bicicletas no mundo, atrás apenas da China, EUA, Japão e Índia. Em Birigui e Araçatuba, as bicicletas estão cada vez mais ocupando as ruas e estradas rurais. Com os benefícios tão claros da atividade, cada vez mais grupos de amigos, colegas de trabalho e famílias se reúnem e pedalam conhecendo as paisagens locais e colhendo uma melhor qualidade de vida. Turma do Pedal, Turma do Guidão e Turma da Poeira são alguns dos nomes inusitados dos grupos que compartilham o gosto pela atividade na região.
Seguindo esta tendência e com o objetivo de difundir a atividade de pedalar é que o Sesc Birigui promove todos os meses as atividades do seu Clube do Pedal. São bate-papo, oficinas e, claro, uma boa pedalada, que varia entre 25 e 45km. Sempre com orientação de instrutores da instituição, os participantes são acompanhados e concientizados sobre o uso correto da bicicleta. Então, vamos pedalar!