Mosaico

Porco voa? – Barata voa, urubu também. Mas será que porco voa? Foi a surpresa que tomou conta da Federal Aviation Administration (FAA), ao saber que um porco de 135 quilos conseguira embarcar como passageiro de um Boeing 757, viajando durante seis horas, de Filadélfia, na costa leste americana, para Seattle, na oeste. Quando o Boeing taxiava na pista do aeroporto de Seattle, o porco, estressado pela aventura, pirou de vez, passando a correr pelo avião. Perseguido pela tripulação, defecou, democraticamente, tanto na primeira classe como na econômica, e tentou invadir a cabine de comando, até ser acuado na cozinha de bordo. Descobriu-se que o porco embarcara em Filadélfia com suas duas proprietárias, munido de bilhete de primeira classe, com peso alegado de apenas 6 quilos, sob a justificativa de que era um guia de cegos. O suíno foi acomodado em duas poltronas da primeira classe, após recusar-se a ser trancado num compartimento na traseira do aparelho. A USAirways abriu inquérito, garantindo que o fato nunca mais se repetirá.

Spray em campo – O publicitário mineiro Heine Allemagne vivia irritado com o desrespeito dos jogadores de futebol nas cobranças de faltas próximas das áreas, prática tolerada por muitos árbitros. Heine inventou um spray cuja espuma deve ser passada no gramado pelo juiz, fixando o local exato da barreira, de modo a impedir que ela avance antes do apito para a cobrança da falta. A invenção foi patenteada e poderá ser usada pela Federação de Futebol de Minas Gerais, que já aprovou o spray, caso ele receba sinal verde da CBF e da Fifa.

À deriva – A comédia de erros em que se transformou a apuração da eleição americana teve seu clímax quando uma família dinamarquesa encontrou em sua caixa do correio, em Odense, na ilha de Fiônia, dois votos de eleitores de Washington, que ali tinham ido parar. Deus sabe como e por quê. O extravio não prejudicou ninguém: um voto era para Gore e o outro para Bush.

Vassourão – O município de Pati do Alferes (RJ) proporcionou um espetáculo radical no recente pleito local: o eleitorado derrotou o grupo que dominava a política desde a criação do município há 13 anos, apoiando maciçamente a candidatura oposicionista de Batata à prefeitura e não reelegendo nenhum dos vereadores. Batata, por sinal, é uma dona-de-casa que tinha quando menina o apelido de Batatinha. Vai governar Pati, conhecida como a Terra do Tomate.

Leonardo Di Minas – Leonardo DiCaprio ficou noivo da modelo brasileira Gisele Bündchen, passando a freqüentar o restaurante Plataforma, em Nova York, onde consome pão de queijo, lombinho, tutu e farofa de torresmo. Itamar deveria condecorar o rapaz.

Extrema-unção – Ouvido numa happy hour paulistana: "A crise das ações tecnológicas nos Estados Unidos pode transformar muito pontocom em ponto final".

Nem Bond escapa – Ladrão carioca não dá colher de chá a ninguém. Nem mesmo a James Bond, assaltado e depenado no calçadão de Copacabana. Roubaram até os tênis de Bond, que voltou descalço para seu hotel. Homônimo do agente 007, Bond, cidadão inglês, está habituado a enfrentar gozações desde criança, e reagiu com bom humor às pilhérias que ouviu no hotel e na delegacia, prometendo viajar com um pret-à-porter bélico digno de 007 quando voltar ao Rio de Janeiro.

O outro MST – Crescem as invasões de túmulos no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Quando o defunto chega ao domicílio fúnebre da família, não consegue ser sepultado porque o túmulo já está ocupado por restos mortais de outras pessoas, que ali foram parar misteriosamente. O negócio prenuncia o nascimento de um novo movimento – o MST do B. Isto é, Movimento dos Sem-Túmulo do Brasil.

Contratos de risco – Uday Hussein, queridinho do papai Saddam, comanda o futebol do Iraque com mão de ferro. A desclassificação na Copa da Ásia, quando o Japão ganhou do Iraque de goleada, por 4 a 1, valeu prisão, torturas e açoites nas plantas dos pés a três jogadores, além de cartão vermelho para toda a comissão técnica da seleção iraquiana. Não é a primeira vez que violências acontecem. Derrotas em torneios anteriores, inclusive na Copa do Mundo de 1994, propiciaram aos jogadores mergulhos de cabeça em latrinas e a obrigação de melhorar a pontaria chutando bolas de concreto.

Desnaturado – Ottomar Vlad Drácula, príncipe de Kretzulesco, descendente do conde Drácula, decidiu abandonar o castelo onde mora na Alemanha, por estar sofrendo ataques de neonazistas que ameaçam incendiar a propriedade. Ottomar, antiquário, 60 anos, é a vergonha da estirpe: organiza anualmente um festival que doa sangue à Cruz Vermelha, e coletou mais de 3 mil litros no último evento. Dos quais, jura, não provou uma só gotinha.