Postado em 03/09/2014
"Que diverso é o homem do homem!"
William Shakespeare
A produção audiovisual atrelada à valorização das diferenças é o mote do Festival Mix Brasil, que em novembro de 2014 chegará à sua 22ª edição. Parte da produção nacional premiada na edição de 2013, integrou a mostra Circuito Mix Brasil, que passou por unidades do Sesc em São Paulo. Os filmes trazem diferentes abordagens sobre a cultura da diversidade, visando reflexões sobre os aspectos cotidianos de vários grupos.
O tema se faz necessário para relembrar as múltiplas formas possíveis do ser humano existir e de sua complexa pluralidade. Grande parte das sociedades atuais rejeitam a natureza diversa de nossa espécie. Essa diversidade está presente na orientação sexual, religião, identidade de gênero, cor da pele, etnia, condição física, estilo de vida e em todas as possíveis e diversas formas de ser.
A necessidade de se criar um padrão social gera violência contra quem não se enquadra neste padrão. Podemos ver isso em nossa própria história, com a perseguição por raças, crenças e quaisquer outros pontos que diferem os seres humanos.
Nessa pluralidade, existe a diversidade sexual que designa as várias formas de expressar a sexualidade humana. Está cada vez mais difícil e inviável esconder o fato de que somos, sempre fomos, sexualmente diversos. E para não serem descriminadas, as pessoas escondem suas orientações sexuais pelo medo constante de serem descobertas e incompreendidas.
Existem, também, diferentes formas de viver, de expressar a sexualidade, de amar, de desejar.
O nível de conhecimento, o tempo e a liberdade de questionamento de uma sociedade influenciam diretamente nos valores sociais, morais e nas regras sociais. Em nossa sociedade, definimos gênero como os papéis sociais distintos para homens e mulheres. Logo, entendemos a heterossexualidade como uma regra social, produto de um processo pedagógico que tem início no nascimento de um indivíduo e continua ao longo de sua vida. Nesta sociedade, o indivíduo que nasce com o órgão sexual masculino é ensinado a cumprir o papel social de homem, sendo induzido a ter uma orientação sexual heterossexual.
Atualmente, mais pessoas estão reconhecendo que sua cultura não é a melhor, que sua religião é apenas uma entre tantas, e que seus valores, antes absolutos, tornam-se relativos diante de outros valores.
No site da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travesitis e Transsexuais), você tem acesso a grupos organizados que existem em funcionamento em todo o Brasil. Estes grupos realizam atividades de apoio e ajuda mútua, prestando orientação jurídica e psicológica. Eles atuam na luta contra a discriminação e pelo conhecimento social e político das pessoas LGBT.
Acesse: www.abglt.org.br
Referência bibliográfica:
Diversidade Sexual na Escola: uma metodologia de trabalho com adolescentes e jovens. CORSA/ECOS, 2008
Estatuto da Diversidade Sexual http://www.estatutodiversidadesexual.com.br/p/estatuto.html
Ricardo Kelmer – Diversidade Sexual “Em geral, as sociedades ainda rejeitam as demonstrações de diversidade sexual” www.revistaplaneta.terra.com.br/secao/comportamento/diversidade-sexual
Kelly Kotlinski - Diversidade Sexual “Uma breve introdução” http://www.coturnodevenus.org.br/leisejuris/diversidadesexual