Postado em 25/08/2014
Mesa "São Paulo Metrópole Musa", no Salão de Ideias da Bienal do Livro, debateu a metrópole como inspiração para a criação artística
Quantas ideias podem ser originadas em uma metrópole com o tamanho de São Paulo? Na conversa "São Paulo Metrópole Musa", nesta segunda-feira, 25/ago, a cidade foi debatida como fonte de inspiração para as criações artísticas nas mais diversas linguagens.
Iniciando a conversa, o professor da USP e ex-Secretário de Cultura do Município Carlos Augusto Calil disse acreditar em algo que ouviu, de que "em São Paulo, encontra-se o melhor e o pior de tudo; só é preciso procurar."
Ainda analisando a capacidade inspiradora da cidade, e provocado pelo jornalista Cunha Jr. - mediador do bate-papo -, o fotógrafo Cristiano Mascaro disse enxergar na metrópole uma fonte muito produtiva de ideias para o cinema, a literatura e a fotografia, mas nem tanto para a produção musical.
Já para a romancista Maria José Silveria, a cidade é bem retratada nos livros, que fazem jus às suas transformações históricas; para ela, o que falta na música é uma obra que tenha a mesma precisão de Caetano Veloso em "Sampa" que, em 1978, criou a imagem perfeita da cidade na época, mas ficou datada e não traduz mais São Paulo.
No meio-termo entre os dois pontos ficou Calil, que enxerga no hip-hop atual essa tradução musical da cidade moderna, ainda que focada frequentemente nas dificuldades e nos problemas de uma parcela da população que se sente excluída pela mesma metrópole que inspira as letras.
Histórias por trás das histórias conta um pouco da trajetória de alguns dos autores das Edições Sesc. Luiz Nadal, com suas pequenas epopeias, Cris Lisboa e Marília Pozzobom, com perfis jornalísticos, revelam os perfis dos escritores. Acompanhe!
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