Elemento Latente: 10 Fotógrafos da América Latina

Entre 25 de julho e 21 de setembro, o Sesc Santana promove a exposição ‘Elemento Latente: 10 Fotógrafos da América Latina’. Com curadoria de Emily Adams, a mostra traz uma proposta visual que consegue abrir possibilidades para olhares e perspectivas distintas. 

A exposição conta com a participação de artistas brasileiros, mexicanos e venezuelanos: Gustavo Lacerda (Brasil), Carolina Krieger (Brasil), Marlos Bakker (Brasil), Cláudia Aréchiga (México), Karina Muench (México), Elena Pastor (Venezuela), Alejando Cegarra (Venezuela), Rómulo Peña (Venezuela), Stefan Schmeling (Brasil) e Mariza Versiani (Brasil). 

‘Elemento Latente: 10 Fotógrafos da América Latina’ foi apresentada na Casa de América em Madri como parte da programação do Festival Photoespaña 2014. A exposição tem como fundamento o conceito de latência – conceito fundamental à fotografia analógica pois representa o período indeterminado, de existência meramente virtual, entre a captura e a visualização da imagem. No caso da exposição o conceito de latência se refere às poéticas das obras selecionadas que versam, de maneira bastante heterogênea, a respeito de realidades, fenômenos e personagens cuja presença é pouco percebida, mas que, não obstante, participam da realidade. A temática dos trabalhos são variadas e refletem sobre o espaço público e privado, a reportagem como denúncia, o retrato como meio para falar do passado e a fotografia como memória concreta de instantes.

A exposição é realizada por meio da parceria entre Sesc e La Fabrica. Os trabalhos expostos foram selecionados a partir do material apresentado para análise de portfólio de ‘Transatlântica’, programa integrante no Festival Photoespaña.Br, que ocoreu em 2013 no Sesc Consolação.

As obras
Em 2009, Gustavo Lacerda começou a retratar albinos em várias cidades brasileiras. O resultado – ‘Albinos’ – é um trabalho com um estilo direto e documental, onde os modelos são os protagonistas.

Carolina Krieger apresenta na série ‘O espelho no interior’ atmosferas nas quais a existência do humano e da natureza momentaneamente entram em contato.

Na série ‘Com o que sonham os peixes?’, Marlos Bakker retrata o que acontece no interior dos automóveis durante congestionamentos e como somos capazes de criar mundos paralelos.

Fotógrafa de jornal, Claudia Aréchiga fotografa em seu trabalho cotidiano materiais que jamais seriam publicanos no periódico. O conjunto de imagens intitulado de ‘A nota’, apresenta instantes contemplativos que se afastam de fotos-informação.

Karina Muench propõe uma reflexão a respeito da violência de gênero. A série ‘O grito do silêncio’ retrata mulheres bolivianas vítimas de maltratos físicos, psicológicos e sexuais.

Fotografando objetos que pertenciam ao seu pai, Elena Pastor reflete no trabalho ‘Heranças’ o legado, a memória e os vínculos familiares. A artista apresenta um olhar sobre o passado para alcançar seu presente.

‘A torre de David’, do fotojornalista Alejandro Cegarra, é um ensaio sobre um edifício localizado no Centro de Caracas, abandonado em 1994 e atualmente habitado por ocupantes. As imagens expõe o cotidiano desses residentes que lutam contra parâmetros sociais.

Com uma câmera pinhole, Rómulo Peña retrata em ‘Visões do buraco’ a comunidade rural Pueblo Llano, dos Andes venezuelanos, que nas três últimas décadas apresentou taxas de suicídio que estão entre as mais altas do mundo.

Por meio do ensaio ‘Guarita’, Stefan Schmeling apresenta uma sequência de torres de vigilância privadas que foram incorporadas às metrópoles brasileiras nas últimas duas décadas, propondo uma reflexão de como a sensação de insegurança transforma o processo de integração social e muda os espaços públicos.

O recorte ‘Poética da vida cotidiana’ da série ‘Trabalhadores’, da fotógrafa Mariza Versiani, registra obras cotidianas e a forma como elas geram uma ruptura entre os trabalhadores e a terra.

Flickr
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Serviço: 
Exposição ‘Elemento Latente: 10 Fotógrafos da América Latina’ no Sesc Santana.
De 25 de julho a 21 de setembro de 2014. Terça a sábado, das 10h às 20h; domingos e feriados, das 10h às 19h.
Grátis. 
Classificação indicativa: Livre.
Espaço de Convivência da Unidade.