Postado em 27/05/2014
Entre os tantos valores difundidos pelo Dia do Desafio, está a valorização de incluir o maior número de pessoas. Idosos, adolescentes, crianças, populações rurais e indígenas, trabalhadores do campo: a intenção da ação é propagar a ideia de que é possível a todos esses setores inserir em suas rotinas algum tipo de atividade física. Mais do que isso, o Dia do Desafio quer mostrar que é possível fazer isso independentemente do contexto em que esse determinado grupo social está inserido, basta que a atividade seja adaptada a ele.
Exemplo disso é a parceria que o evento estabelece com diversas ONGs e instituições sociais. A Fundação CASA (Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), instituição ligada à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo, está envolvida no Dia do Desafio desde 1997, e desde então a campanha faz parte do seu calendário anual.
A GEFESP, Gerência de Educação Física e Esporte, utiliza o Dia do Desafio como ferramenta educacional, no sentido de estimular a socialização dos jovens e o trabalho em equipe. Segundo Carlos Alberto Robles, da GEFESP, essa “metodologia inclusiva” funciona como um incentivo ao conhecimento do corpo e à conscientização sobre qualidade de vida. “Os profissionais de cada centro socioeducativo planejam suas ações de maneira a proporcionar conhecimento e responsabilização dos jovens sobre suas atitudes futuras, demonstrando o papel que o esporte nesse contexto”, ressalta ele. Cada um dos 148 centros tem autonomia para executar as práticas esportivas dentro e fora dos espaços da Fundação. A instituição também realiza atualizações periódicas dos profissionais de Educação Física que atuam junto aos adolescentes.
No contexto da Fundação, em que os adolescentes envolvidos apresentam um histórico de exclusão, conseguir a adesão à prática esportiva requer um trabalho árduo. Para Carlos, é um desafio. “O estímulo à participação de atividades esportivas é mais difícil quando verificamos que o adolescente não teve vivência com os esportes antes de se envolver com o ato infracional e ingressar na Fundação”, conta Robles, que conclui lembrando o cuidado que se deve ter com a tática de mobilização. “Os profissionais têm que incutir esses estímulos e criar estratégias de convencimento sobre a importância da prática da atividade física de forma regular e contínua, o que geralmente é um desafio para a compreensão dos jovens”.
Para conhecer o trabalho da Fundação CASA, clique aqui e acesse o site.