Postado em 24/01/2014
Em shows nos parques públicos, nas ruas e, principalmente, nas unidades do Sesc SP: o biólogo Fábio Nucci provavelmente estará por lá.
Na semana anterior à entrevista concedida ao Portal do Sesc SP, Fábio Nucci Leite, 31 anos, havia assistido a quatro shows que aconteceram no Sesc Pompeia. Esse número é pequeno quando comparado à quantidade de apresentações às quais Fábio compareceu nos últimos quatro anos. Ele já esteve em cerca de 500 shows que passaram por unidades do Sesc São Paulo, principalmente Belenzinho, Pompeia, Vila Mariana, Ipiranga e Consolação.
“Por semana, vou a uma média de dois a três shows. Mas já houve ocasiões em que, de uma semana inteira, só passei um dia sem ver alguma apresentação musical no Sesc”, diz Fábio, enquanto olha para os ingressos que acumulou desde 2009. As lembranças desses shows não ficam somente na memória, mas também na forma de uma espécie de “coleção” que, no futuro, pode até se tornar uma relíquia: ele guarda todos os convites dos espetáculos que presenciou nesses anos de muita música.
Apesar de reggae e blues serem os gêneros musicais favoritos de Fábio, os artistas representantes desses estilos não são os que prevalecem em meio a essa organizada coleção de ingressos. Pelo contrário; nesse acumulado imenso de convites, encontra-se uma grande variedade de cantores e de grupos até mesmo iniciantes, pertencentes a diferentes ritmos. Ele conta: “vou a shows de alguns artistas que não conheço, mas que, pela descrição do espetáculo, identifico algum nome conhecido ou a participação de algum instrumentista que já esteve em outra apresentação”.
Morador do bairro da Lapa, Fábio é presença constante no Sesc Pompeia, unidade mais próxima de sua casa. Em meio aos seus ingressos antigos, alguns referentes aos shows do projeto Prata da Casa, que revela novos artistas e bandas do cenário brasileiro. “Havia uma época em que, toda terça-feira, eu estava no Pompeia para acompanhar o Prata da Casa”. No entanto, ele também revela outra preferência: “gosto muito daqueles festivais que acontecem quase todo ano. O meu favorito é o Encontro Internacional de Harmônicas”.
Mas será que ele já se arrependeu de ter ido a algum desses espetáculos musicais? “De todos os shows, acho que não chega nem a 10% a quantidade daqueles que não gostei”. Quem pensa que alguém assim, tão apaixonado por apresentações ao vivo, deve gostar de música desde cedo, engana-se. Segundo Fábio, o gosto pela música começou tarde, aos 17 anos. Hoje em dia, no entanto, percebe-se que essa paixão não chegará ao fim tão cedo: “Enquanto tiver condições físicas e materiais, continuarei vindo aos shows”, afirma Fábio.