Postado em 12/12/2013
Um dos mais renomados cineastas de todos os tempos, o americano John Ford, dirigiu marcos do cinema, principalmente do gênero faroeste e foi o diretor mais premiado na história do Oscar. Entre 6 e 20/dez, o Sesc Bauru recebe uma mostra com oito de seus filmes
A mostra "A América por John Ford", composta por oito obras, esforça-se em apresentá-lo como um diretor capaz de fazer filmes com temáticas diversas, mas alicerçadas na história norte-americana. Médico e amante (1931) é um bom exemplo de um típico drama; As vinhas da ira (1940), de um drama social; O prisioneiro da Ilha dos Tubarões (1936), de uma aventura dramática; Juiz Priest (1934), de uma comédia de costumes; e A mocidade de Lincoln (1940), de um drama político. O faroeste completa a mostra com três clássicos: No tempo das diligências (1939), Rastros de ódio (1956) e O homem que matou o facínora (1962).
John Ford foi um dos responsáveis pelo status que o gênero faroeste adquiriu no decorrer da história do cinema. Isso se justifica se considerarmos seu currículo com nada menos de 133 filmes ao longo da carreira. A sua facilidade de trabalhar com os atores, fazendo-os improvisar e realizando poucas (às vezes apenas uma) tomadas de cenas, era, na verdade, uma afirmação da sua capacidade produtiva. Entre os atores que trabalharam com Ford, pode-se citar as presenças marcantes de James Stewart, Henry Fonda, Will Rogers, John Carradine, Maureen O´Hara, George O’Brien, Ward Bond, Harry Carey Jr., Victor McLaglen, e o seu ator ícone e xará John Wayne.
Seu trabalho cinematográfico foi marcado pela clareza de opiniões sobre o homem, a história e a sociedade norte-americana. Ford jamais intencionou manter uma postura socialmente crítica, mas sempre foi profundamente dedicado à humanidade das pessoas, independentemente de sua posição social (um presidente, um pistoleiro ou uma prostituta), desde que a posição desses personagens ratificasse a ética valorativa dos pioneiros, daqueles que enfrentaram as adversidades para construir uma nova ordem social.
A década de 1960 foi marcada pelo declínio das condições de saúde de Ford, resultado dos abusos de álcool e cigarro ao longo de sua vida, além do agravamento das feridas que sofreu durante a batalha de Midway. Sua visão começou a deteriorar-se rapidamente e a memória já não funcionava impecavelmente como outrora, trazendo a necessidade de mais assistentes trabalhando ao seu redor. John Ford faleceu em 31 de agosto de 1973 em Palm Desert, na Califórnia.
o que: | A América por John Ford |
quando: |
6 a 20/dezembro |
onde: |