Postado em 04/10/2013
Equipamentos culturais do Parque do Ibirapuera
O parque
Inaugurado em 21 de agosto de 1954, o Parque do Ibirapuera agrega o conjunto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer (1907-2012) e entregue à cidade cidade na ocasião de seus 400 anos. A área total de 1.584.000 metros quadrados reúne equipamentos de lazer, esporte e cultura – que incluem, entre outros espaços, pista de corrida, lanchonetes, ciclovias e quadras poliesportivas. Em meio a essa gama de atividades, merecem destaque os museus que passaram a ocupar os pavilhões e “palácios” que formam o complexo.
Pavilhão Ciccillo Matarazzo
Mais conhecido como o prédio da Bienal – por receber a Bienal Internacional de Arte de São Paulo desde 1957, a partir de sua 4ª edição –, o antigo Palácio das Indústrias é um dos mais importantes representantes da arquitetura modernista na cidade. Em suas amplas instalações, com um conjunto de rampas ligando os diferentes pisos, são realizados também outros eventos ligados às artes (como a feira SP-Arte), à arquitetura (Bienal de Arquitetura) e à moda (São Paulo Fashion Week). A partir de 1962, o prédio passou a sediar também a Fundação Bienal, instituição criada com o objetivo de promover eventos artísticos e culturais.
O Museu Afro Brasil
Originalmente denominado Palácio das Nações, o Pavilhão Manuel da Nóbrega abriga o museu desde 2004. A instituição foi criada com vistas à preservação e difusão da cultura, da memória e da história do Brasil na perspectiva afro-brasileira. O museu possui um acervo de mais de cinco mil obras, um conjunto que inclui trabalhos de arte clássica e contemporânea, da cultura popular e erudita, produzidos por artistas nacionais e estrangeiros.
Museu de Arte Contemporânea (MAC)
Inaugurado no mesmo ano em que o parque, o prédio de oito andares foi originalmente projetado por Niemeyer para abrigar o Palácio da Agricultura. Dos anos de 1959 a 2008, no entanto, o local serviu de sede para o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran). Em 2012, tornou-se a nova sede do MAC, ampliando as atividades do museu que já ocorriam no 3º piso do Pavilhão Ciccillo Matarazzo. Embora não se localize dentro dos limites do parque, o “novo” MAC integra oficialmente o complexo de museus do Ibirapuera.
Museu de Arte Moderna (MAM)
O museu, criado em 1948 por iniciativa do industrial e mecenas Ciccillo Matarazzo, foi o primeiro do gênero na América Latina. Está instalado no Parque do Ibirapuera desde 1969 e possui duas salas de exposições, auditório, restaurante, ateliê e biblioteca aberta ao público. Um dos espaços mais agradáveis do prédio, a chamada Grande Sala (que se abre para o jardim) foi concluída em 1982 e tem projeto da arquiteta Lina Bo Bardi, em colaboração com André Vainer e Marcelo Carvalho Ferraz.
Pavilhão das Culturas Brasileiras
A instituição ocupa o Pavilhão Engenheiro Armando de Arruda Pereira, onde antes funcionava a Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam), desde 2007. A missão do museu é servir de espaço de exposições e um centro de referência e pesquisa voltado à expressão da diversidade cultural brasileira – com ênfase, segundo descreve o site oficial da prefeitura, no “patrimônio material e imaterial das culturas menos favorecidas da população”.
Pavilhão Japonês
Um dos “moradores” mais antigos do parque, o pavilhão faz parte do projeto original do Ibirapuera, construído conjuntamente com o governo japonês e doado à cidade em 1954. O projeto tem como referência o Palácio Katsura, antiga residência de verão do imperador, localizada em Kyoto. Sua estrutura tem como base a arquitetura tradicional japonesa, adotada nas casas dos samurais e da aristocracia nipônica. Uma curiosidade: os elementos que compõem a construção foram trazidos de navio e sua instalação no Brasil contou com a ajuda de imigrantes japoneses, que atuaram como voluntários na empreitada.
Pavilhão Lucas Nogueira Garcez (OCA)
Conhecido pelos paulistanos como OCA, devido ao formato que lembra as características de habitações indígenas, o prédio já abrigou o Museu da Aeronáutica de São Paulo e o Museu do Folclore. Em 2000, o espaço foi reformado seguindo projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, e seus 10 mil metros quadrados passaram a receber grandes exposições – algumas delas de caráter temático, ligadas à história natural e ao patrimônio cultural do país.