Postado em 01/05/1998
Do mesmo modo, outras fraquezas do país vão se mostrando conforme se acompanha o percurso da doença. A falta de informação sobre prevenção revela problemas educacionais, a disseminação da epidemia entre presidiários reflete a desumanidade do sistema penitenciário, o crescimento da incidência da doença entre usuários de drogas põe a cru a ineficiência de políticas destinadas a essa questão.
Mas, felizmente, nem tudo é desânimo. Após anos em que se sucediam apenas más notícias, o país já pode comemorar as primeiras reduções do índice global de mortalidade, devido em grande parte ao sucesso da distribuição gratuita do coquetel de medicamentos pelo sistema público de saúde. Que boas novas como essa se disseminem, em ritmo que supere a preocupante marcha do HIV nas regiões menos favorecidas do país.