Para acompanhar a dinâmica
das festas populares, é preciso compreender o conceito de "tempo largo",
descrito pelos estudiosos. E a matéria de capa da Revista E, na trilha
incerta dos festeiros, sentiu na pele a tradução prática
da assertiva teórica. Aprendeu na marra que o "tempo largo" não
acompanha os ponteiros do relógio, mas corre solto, ao critério
dos protagonistas.
Foi assim em Itaquaquecetuba, na dança de Santa Cruz. Marcada para começar
às 17 horas, meia hora depois do prazo estipulado não havia viv'alma
que desse a entender que a praça central da cidade seria palco de um evento
que conta com seus 300 anos. E o pior é que nenhum morador tinha uma informação
concreta a fornecer. Até que, às seis e meia da tarde fria, desembarcou
de um ônibus um grupo festeiro, despreocupado com os parcos curiosos.
Esse é apenas um pequeno exemplo do enorme universo de festas populares
que se desenvolvem longe das câmeras da tevê e que, portanto, não
atendem às expectativas de consumo. A matéria de capa deste mês,
Rapsódia Brasileira, retrata os bastidores de tais festejos que se espalham
por praticamente todos os dias do ano.
A edição de junho traz ainda uma reportagem sobre o desejo de desafiar
a gravidade e voar. Espírito de Ícaro mostra como o homem moderno
materializa os projetos de Leonardo da Vinci. A matéria Rompendo Barreiras
mostra como as pessoas portadores de deficiência podem atender as necessidades
fundamentais de atividade física por meio de práticas adaptadas.
Em Música Globalizada, são discutidos os rótulos e as tendências
da música produzida no Brasil e no mundo.
Fechando a revista, o Em Pauta - 500 Anos debate o meio ambiente com artigos de
estudiosos e especialistas. O poeta cearense Gerardo Mello Mourão é
o entrevistado do mês, na Ficção, um conto inédito
do escritor Sérgio Sant'Anna.