Postado em 01/05/2000
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Índios Vi a edição no 338 (março/abril de 2000), que trata da questão indígena. Parabéns. Num momento em que só se fala na colonização portuguesa e em Portugal, além das "festas" por ocasião dos 500 anos do descobrimento do Brasil, estão esquecendo os índios, os grandes prejudicados e perdedores. Não há motivo de comemoração.Renzo Morishita
rmorishi@unicamp.br
Eu não conhecia a revista Problemas Brasileiros. Tomei contato com ela por acaso, na Internet, e fiquei muito impressionado com a boa qualidade das matérias que li, notadamente as diversas reportagens sobre índios do Amazonas, Mato Grosso e Rondônia. Gostaria, como jornalista que sou, de parabenizá-los pelo excelente trabalho.
Chico Mendonça
Vice-presidente da Propeg-MG
chicomendonca@uol.com.br
Gostei muito do artigo "Prova de resistência" (PB 338). Ele nos faz refletir sobre os 500 anos de verdadeiros equívocos sobre as nações "indígenas". Todo brasileiro deve ler.
Roberto Mendonça
rcmendonca@uol.com.br
Foi com bastante prazer que li a reportagem feita por Spensy Pimentel sobre o suicídio dos guaranis em Mato Grosso do Sul. Como procurador da República, atuei por três anos e meio na defesa dos interesses indígenas em Campo Grande (MS), conforme determina a Constituição. Os problemas que constatei, que são de ordem estrutural, demandando ações extremamente firmes para sua solução, estão todos expostos na reportagem. É a primeira vez que leio algo sobre o assunto numa abordagem a mais completa e isenta possível. A miserabilidade das famílias guaranis é problema da União, entretanto, na atual visão de Estado posta mundialmente, entendo que dificilmente haverá solução, ainda que minimizadora, para esse problema. O índio não quer terra para explorá-la economicamente, pois a sua relação com ela é de ordem sagrada, espiritual, dela necessitando para sua reprodução física e cultural: esse aspecto é dificilmente entendido pela sociedade envolvente, especialmente se raciocinarmos em que a atual ordem globalizada instaura o primado do econômico. Se assim é, como admitir-se a propriedade ou o direito de usufruto aos índios sem a possibilidade da produção de qualquer mais-valia? Sem a possibilidade de um direito de propriedade agregar valor de troca? Bom, muito mais se tem a falar. Por enquanto, gostaria que ficasse aqui o registro da excelente matéria feita pelo jornalista já citado e por vocês divulgada.
Paulo Thadeu Gomes da Silva
Rio de Janeiro RJ