Postado em 01/09/2011
Bororé-Colônia e Capivari-Monos
Com o objetivo de consolidar e regulamentar as áreas protegidas no Brasil, foi criado, por meio da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). A lei federal classificou essas unidades em duas categorias: as de proteção integral e as de uso sustentável. Dentro dessa segunda classificação encontram-se as chamadas Áreas de Proteção Ambiental (APA), espaços de planejamento e gestão ambiental que permitem a ocupação humana e a exploração dos recursos naturais, desde que dentro de normas específicas que assegurem sua proteção.
O estado de São Paulo possui 23 dessas áreas e cinco estão na capital: o Parque do Carmo; a Mata do Iguatemi, próximas ao Sesc Itaquera; a APA Várzea do Tietê; a Bororé-Colônia e a Capivari-Monos, próximas ao Sesc Interlagos. O Sesc São Paulo aborda a importância da conservação dessas áreas por meio de ações voltadas aos educadores e lideranças locais. “O objetivo é educar acerca dos valores biológicos, sociais e culturais ligados à conservação”, explica Fábio Vasconcelos, assistente da Gerência de Programas Socioeducativos (Gepse), um dos responsáveis pelo Programa de Educação para a Sustentabilidade do Sesc.
VISTAS CONTEMPORÂNEAS
Exposição Lasar Segall Processos, no Museu Lasar Segall
Em cartaz durante todo o mês de setembro, a mostra reúne cerca de 100 trabalhos do artista (1891-1957), desde os primeiros, do início do século passado, até sua produção da década de 1950, pouco antes de morrer. Depois de dar destaque exclusivamente às pinturas de Segall, o Museu – idealizado por sua viúva, Jenny Klabin Segall, e finalmente criado, em 1967, pelos filhos Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall – desta vez traz a público os principais momentos de transformação do mestre em diferentes linguagens, incluindo desenho, gravura e escultura. Por meio das obras, o visitante acompanha diferentes fases, da formação europeia do início do século 20 ao impacto que o Brasil, para onde veio em 1923, teve em seu trabalho, passando ainda pelo período em Paris, no final da década de 1920, até chegar à depurada produção dos anos de 1950.
Dois módulos ambientam tematicamente a mostra. Em cada um deles, obras e fotos de arquivo contam uma história cara ao artista: a das emigrações. Em ambos os espaços, importantes telas são destaques: Eternos Caminhantes (1919) e Navio de Emigrantes (1939/41; ao lado).
Além dos trabalhos, anotações realizadas ao longo da vida, em blocos e cadernos, refazem o caminho de criação de Segall. Em uma das salas há móveis, luminárias, tapetes e objetos criados pelo Segall designer, seu lado menos conhecido, mas de traço igualmente criativo e rigoroso.
O Museu Lasar Segall fica na Rua Berta, 111, Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. O horário de visitação é de terça a sábado e feriados, das 14h às 19h, e domingos, das 14h às 18h. A entrada é gratuita. Para informações: (11) 5574 7322 e www.museusegall.org.br.