Postado em 05/11/2008
Antes que 2009 se encerre, um importante encontro, a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, vai definir regras e estabelecer parâmetros para um setor que, em diferentes medidas, afeta a totalidade da sociedade brasileira. A mídia de nosso país, como podemos ver na reportagem de capa desta edição, apresenta alguns aspectos que de fato merecem ser debatidos para, eventualmente, passar por ajustes. Afinal, ao lado do entretenimento que oferecem, os diversos veículos de comunicação exercem forte influência na maneira de pensar das pessoas, o que reveste sua atuação de grande responsabilidade. Esse evento é também uma ótima oportunidade de colocar o Brasil no rumo da modernidade, como uma nação que aprendeu a conviver com a imprensa de forma sadia e democrática.
O resultado do encontro pode ainda significar mais uma vitória para o país neste ano, que começou em meio a uma grave crise econômica mas vai chegando ao final com saldo positivo. Entre as conquistas brasileiras do período, vale destacar a eleição da cidade do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Esse fato sem dúvida dará mais impulso a um segmento da economia que já vem registrando índices expressivos de crescimento – o turismo, cuja aposta na diversificação de roteiros é outro assunto presente nestas páginas. Apesar de as lindas praias e o sol abundante continuarem sendo a principal motivação da entrada de turistas estrangeiros, a riqueza cultural e os atrativos da fauna e da flora nativas começam a ser explorados pelo setor.
Entre as boas notícias deste número estão também o manifesto interesse do capital produtivo internacional pelo Brasil, que subiu uma posição no ranking de captação, ultrapassando a Rússia, e o retorno de cientistas que se encontravam trabalhando no exterior e que, certamente, passarão a dar uma contribuição decisiva para o desenvolvimento do país. Esse assunto, aliás, foi igualmente abordado na palestra do professor Miguel Nicolelis, reproduzida no encarte desta edição.
A parte negativa fica por conta de uma matéria que trata do vandalismo que emporcalha nossas cidades e destrói bens públicos, causando enormes prejuízos. E de outra que mostra nossa carência de uma política eficiente para o descarte de medicamentos que já não servem mais. Fora de uso, eles provocam forte impacto tanto nos lixões quanto na água dos rios, podendo chegar até mesmo à torneira das casas.
Abram Szajman
Presidente da Federação e Centro
do Comércio do Estado de São Paulo
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac