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Oficina comemora 50 anos nos palcos

Postado em 07/05/2008

Meio século de arte dramática, um cenário vivo em constante transformação

JOÃO MAURO ARAUJO


Foto: Adriano Capelo

Uma chuva fina faz o público procurar abrigo sob o toldo que fica entre a bilheteria e a porta do Teatro Oficina, localizado no bairro do Bexiga, em São Paulo. Percebe-se certa ansiedade para adentrar o templo da arte dramática. Em vez disso, porém, são os atores que vêm ao encontro da plateia. Logo estão todos de mãos dadas, formando uma roda, o que impede momentaneamente a passagem dos carros pela rua.

Ao som do atabaque, no ritmo do afoxé, inicia-se uma dança improvisada, na qual se destaca a figura de José Celso Martinez Corrêa, dramaturgo do Oficina há 50 anos. O público é convidado a seguir o elenco e ocupar as dependências do teatro, projetado pelos arquitetos Lina Bo Bardi e Edson Elito. O fato de Lina já ter elaborado cenários para peças do Oficina, em fins da década de 1960 e início da de 1970, e seu conhecimento da demanda técnica e ideológica daquela trupe de artistas foram fundamentais para que, na reinauguração de 1994, ali surgisse um "teatro pé na estrada", por sugerir o curso de uma rua.

Já dentro do recinto, o público sobe por escadas laterais entre estruturas metálicas que lembram andaimes, metáfora arquitetônica para um grupo "em constante transformação". Pode-se associar o formato do Teatro Oficina a um sambódromo ou talvez às penitenciárias de filmes americanos. Dos bancos coletivos de madeira tem-se a visão completa do palco central e também do lateral, onde fica a banda, e dos monitores de vídeo no alto da parede. Ali, a trama se desenrola por toda parte, o espaço todo é cênico, e em vários momentos do espetáculo a plateia também atua. José Celso diz que o teatro não deve ser puro lazer, mas uma experiência quase religiosa, carnavalesca: "Não é um trabalho feito durante 90 minutos, do qual você sai e, se for uma comédia, dá umas risadas, se for um drama, chora, mas em pouco tempo se esquece de tudo. Não, quem vem até aqui sai transformado, e quem atua se transforma também", afirma.

Para celebrar o jubileu do Oficina, José Celso adaptou Os Bandidos, de Friedrich Schiller (1759-1805), que marcou o Sturm und Drang ("Tormenta e Ardor", nome tirado de uma peça escrita por Maximilian Klinger), movimento estético alemão que se opunha às regras clássicas do teatro francês e ao absolutismo, defendendo a liberdade política. Com a obra de Shakespeare como modelo e exaltando a subjetividade, Schiller e os adeptos dessa corrente acreditavam que a arte deveria obedecer apenas aos impulsos, ao ímpeto do artista, sem maiores preocupações formais.

A encenação de Os Bandidos feita pelo Oficina dura cinco horas. Na trama, dois irmãos, filhos de um poderoso dono de multinacional, disputam o amor de uma atriz. Um deles é contrário às políticas adotadas pelo pai e pelo irmão. Durante o embate de concepções ideológicas, aparecem também diversos temas polêmicos do mundo atual – sexualidade, drogas, aborto, narcotráfico, guerrilha, terrorismo –, misturados ou alternados, parodiando novelas e noticiários televisivos. José Celso explica que a peça é "uma novela que trata de tudo, como Dostoievski, além do bem e do mal. Você não sabe quem é o mocinho ou quem é o bandido. De repente, o mocinho mata a noiva na hora do casamento. É uma confusão".

Em vários momentos os atores discursam, fazendo verdadeiros manifestos com frases minuciosamente construídas. "Depois que enviuvou da Guerra Fria, a indústria armamentista inventou a guerra do narcotráfico. A proibição das drogas existe em função exatamente da venda de armamentos. É um absurdo, pois mata uma geração de crianças, os ‘aviões’, que são sacrificados por uma estupidez", diz José Celso, citando trechos da obra.

Durante todo o espetáculo há cinegrafistas filmando próximo aos atores, o que nas cenas mais tensas reforça a crítica aos "sanguessugas" de parte da mídia. Em determinada passagem, cuja foto está em destaque no programa da peça, um revólver e a câmera "se encaram", como que se espelhando. As gravações são selecionadas por uma equipe técnica e projetadas em tempo real nos monitores e telões do teatro, possibilitando maior e mais detalhado campo de visão. Esse recurso é parte do ideário de "revolução cibernética" adotado por José Celso: "O ator deseja ser reconhecido, se eternizar através do DVD. A gente quer o progresso, mas não aquele que o capitalismo pressupõe, de fachada, que enriquece alguns e elimina a maioria. O nosso é o inverso, a gente não é contra o capital, é contra o capitalismo". No dia 11 de março último, o Oficina lançou os DVDs com a gravação de quatro espetáculos apresentados nos anos 1990: Ham-Let, Bacantes, Cacilda! e Boca de Ouro. Para fazer o registro audiovisual, as peças tiveram de ser reencenadas em 2001.

Origem

A prática de discutir temas incômodos em cena é uma constante na história do Oficina. "A gente jamais virou uma instituição esclerosada. Felizmente vigora uma grande liberdade, porque esse grupo o tempo todo cantou todos os ‘bodes’ da sociedade: sexuais, econômicos, ecológicos, morais... Tocou em todos os tabus, sempre", diz José Celso. Ele é o único que está no Oficina desde a fundação, quando alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (SP) alugaram o Teatro Novos Comediantes – então pertencente a um grupo espírita – para encenar peças como amadores. Inicialmente, em 1958, eles apresentaram A Ponte, de Carlos Queiroz Telles, e Vento Forte para um Papagaio Subir, de José Celso. Esta última foi reencenada nas comemorações do cinquentenário do grupo, ganhando no início deste ano o prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro. Curiosamente, José Celso conta que passou a maior parte da vida envergonhado com Vento Forte, porque era muito jovem na época em que a escreveu e não soube reagir às críticas ao caráter psicológico e à linguagem simbólica do texto. A peça conta a história de um sujeito que, durante uma inundação em sua pequena cidade, em vez de prestar trabalho social, foge para se realizar como artista. "Foi preciso que aos 70 anos eu fosse convidado pelo Sesc de Araraquara a montar essa peça para que me apaixonasse por ela e descobrisse que sou um poeta do teatro", conta, orgulhoso.

Após a reforma do antigo Teatro Novos Comediantes, a sede do Oficina teve três formatos distintos. O primeiro era do tipo "sanduíche", ou seja, com o palco no centro, localizado entre duas plateias simétricas. Já na inauguração desse projeto de Joaquim Guedes – em agosto de 1961 –, o então presidente Jânio Quadros proibiu a encenação de A Vida Impressa em Dólar, de Clifford Odets. Todavia, com sua renúncia poucos dias depois, a peça pôde ser apresentada.

Nessa fase o grupo era orientado por Eugênio Kusnet, que usava o método de interpretação naturalista criado pelo russo Constantin Stanislavski. Essa técnica estimula o ator a pesquisar seus personagens em profundidade, para conhecê-los e tentar sentir como eles, demonstrando no palco a maior naturalidade possível. As montagens de Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, e O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, foram destaques desse período. Segundo José Celso, Pequenos Burgueses foi a peça em que a companhia simbolicamente se suicidou como classe pequeno-burguesa para assumir um ideal revolucionário. "Hoje os homens de classe média querem ser classe média. Eles têm medo de perder o emprego, querem ser politicamente corretos, não podem tomar muitas drogas, quer dizer, hoje tem todo um padrão supercareta de juventude. A minha geração, não, ela teve a percepção de que a juventude é o momento em que você tem todo o seu vigor físico e traz uma primavera consigo", diz. Ele afirma que o primeiro alvo da geração de 1960 foi a família, pois era preciso romper com essa instituição considerada uma minicélula do Estado.

Em 1966, o teatro sofreu um incêndio e, após promover o movimento Saldo para o Salto, em temporada no Teatro Maria della Costa, o grupo retornou ao lar, então com nova roupagem arquitetônica, resultante do trabalho de Flávio Império e Rodrigo Lefèvre: uma grande arquibancada de concreto com acessos laterais em meio nível e um palco italiano (tipo retangular, que favorece a relação frontal entre atores e espectadores) com um círculo central e mecanismo giratório. Para a reestreia pós-incêndio a peça escolhida foi O Rei da Vela. Falar dessa obra é tocar no âmago do Oficina. José Celso faz questão de contar sua história e a do grupo relacionando-as sempre às teses de Oswald de Andrade, a quem assinala como "o grande filósofo brasileiro", cujas teorias principais estão no Manifesto Antropófago, publicado em 1928. O diretor do Oficina sublinha a interpretação oswaldiana da história do Brasil, calcada não na primeira missa, mas no ritual de devoração do bispo Sardinha por índios caetés do litoral alagoano. A partir desse enfoque diverso da historiografia tradicional, transcendia-se o colonialismo e emergia o índio antropófago. José Celso explica: "Você deixa de perceber o mundo de acordo com a versão dominante, seja bíblica, maometana ou budista, e o percebe de outra maneira, na complexidade que existe nas relações interculturais, como elas se interdevoram e criam culturas novas".

O movimento da Tropicália surgiu da relação entre as ideias de Oswald de Andrade e o contexto da geração do final dos anos 1960, que teve o Oficina no teatro, Glauber Rocha no cinema, Caetano Veloso e Gilberto Gil na música popular, Plínio Marcos e Antonio Bivar na literatura, em especial dramaturgia, entre outros. "A antropofagia parte do princípio de que a própria revolução, o avanço, está no que Euclides da Cunha chama de ‘evolução regressiva’, o retorno à origem", comenta o diretor.

Em 1968, em projeto paralelo, fora do Oficina, José Celso dirigiu Roda Viva, de Chico Buarque de Holanda. Após uma temporada inicial no Rio de Janeiro, a peça foi apresentada em São Paulo, no Teatro Ruth Escobar. Certa noite, pouco depois do espetáculo, o teatro foi invadido pelo Comando de Caça aos Comunistas (CCC), que espancou os artistas e destruiu o cenário. Episódio semelhante ocorreria na encenação em Porto Alegre.

Nos dois anos seguintes, duas peças de Bertolt Brecht marcaram uma nova fase do grupo Oficina, caracterizada por um distanciamento que visava a não deixar a catarse do espetáculo apagar o senso crítico da plateia. O clímax, ou momento de resolução da trama – quando tudo parecia resolvido – deveria ser cortado para as pessoas refletirem sobre o assunto abordado, que geralmente envolvia o contexto político e social da época.

Após a temporada de filmagens da versão cinematográfica de O Rei da Vela (1971) houve a chamada fase "irracionalista", que durou até a apresentação de As Três Irmãs (1972), uma recriação da obra de Anton Tchekhov. Em seguida, a companhia metamorfoseou-se na Comunidade Oficina Samba, unindo artistas e jornalistas para realizar espetáculos e trabalhos de imprensa "subversiva".

No dia 21 de abril de 1974, a polícia de São Paulo invadiu o teatro, prendeu e torturou seus integrantes. José Celso ficou detido por 20 dias no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), e depois partiu para o exílio, sem abandonar contudo as atividades artísticas. Ele participou de agitações políticas em Portugal – país ainda efervescente com a Revolução dos Cravos, que, naquele mesmo abril de 1974, havia derrubado a ditadura da União Nacional, no poder desde 1933 – e em Moçambique, cuja independência foi conquistada em 1975, com a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), guerrilha de orientação marxista. Nas fábricas ocupadas e lavouras portuguesas a arte do diretor brasileiro exilado revestiu-se como "te-ato" pois, conforme justifica, "o ato é mais importante que a representação do teatro".

Uzyna Uzona

Na volta de José Celso ao Brasil em 1978, o Oficina dividiu-se em três núcleos temáticos: um tecnológico, chamado O Homem e o Cavalo, responsável pelas produções de cinema e vídeo; Os Sertões, para animação cultural e culinária; e As Bacantes, com atores para a peça homônima. "Queria mesmo que o grupo fosse misturado, com gente de todos os lados – tecnologia com música sertaneja e o pansexualismo das Bacantes. Tudo isso redunda numa ‘usina’, cujo objetivo é fazer uma ‘uzona’ – alegria, orgia, festa – para cultivar esse espírito libertário, anárquico", explica o diretor.

Além da formação dos núcleos, o início dos anos 1980 trouxe muitos desafios ao grupo. Eles receberam de um oficial de justiça o comunicado de que teriam um mês para comprar a propriedade onde estavam instalados, porque o empresário Silvio Santos havia demonstrado interesse em adquiri-la. Isso causou grande impacto entre os artistas, que se viram na iminência de ser desalojados. Em resposta, foi organizado no ginásio do Ibirapuera o festival Domingo de Festa, que contou com a presença de grandes músicos brasileiros, visando arrecadar dinheiro para a compra do teatro e ganhar força na campanha pela sua manutenção. Eles não conseguiram a soma necessária para adquirir o imóvel, tampouco o financiamento de agências bancárias. Nesse ínterim, porém, o teatro foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado (Condephaat), como bem cultural de interesse histórico, em resolução de 10 de fevereiro de 1983.

No ano seguinte, o imóvel foi desapropriado pelo estado de São Paulo, impedindo sua venda pelo antigo proprietário. Nesse processo, o grupo mudou seu estatuto e a antiga companhia virou Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona. Manteve-se, no entanto, o símbolo da bigorna, representação metafórica da transformação dos atores, que se livram dos condicionamentos da sociedade: "O teatro pressupõe mudança anatômica, transformação do tabu em totem. O processo de transmutação de um sujeito careta em um de corpo eletrificado é dolorido, pois você tem de abandonar ilusões e preconceitos".

Duas décadas mais tarde, o Grupo Silvio Santos (GSS) lançou um projeto para a construção de um shopping center no entorno do Oficina, mas enfrentou forte oposição de José Celso. O diretor alegou que "o corolário do Teatro Oficina seria justamente as atividades culturais e as manifestações artísticas desenvolvidas no interior e no exterior da casa de espetáculos". Em 18 de abril de 2004, Silvio Santos visitou o teatro a convite do diretor, e em seguida propôs um novo projeto, o Shopping Bella Vista Festival Center, só que dessa vez integrando a associação. Não houve consenso, pois colidiram duas concepções diversas de mundo. As casas situadas atrás e ao lado do teatro foram demolidas, e parte do terreno vizinho – pertencente ao Grupo Silvio Santos – virou estacionamento. Como os planos de Lina Bo Bardi e seu colega Edson Elito previam que a "rua de passagem" do Oficina desembocasse num teatro de estádio, José Celso investiu nessa ideia, que virou o projeto "AnhangaBaú da Feliz Cidade", desenvolvido pelos arquitetos João Martinez Corrêa e Beatriz Martinez Corrêa.

AnhangaBaú da Feliz Cidade

No final do ano passado, a Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona realizou uma assembleia geral aberta para discutir o projeto AnhangaBaú da Feliz Cidade. Esse nome, emprestado do poeta José Miguel Wisnik, alude ao programa de Silvio Santos e ao Anhangabaú, antigo córrego canalizado sob o leito das avenidas 9 de Julho e 23 de Maio. As quatro principais propostas defendidas são a construção de um teatro de estádio, com capacidade para até 15 mil pessoas, que seria instalado no terreno onde fica hoje um estacionamento. A segunda iniciativa seria a construção de uma universidade antropófaga de formação artística, sob inspiração do Manifesto oswaldiano. De certa forma, esse planejamento pedagógico já é uma realidade na associação desde 2002, quando jovens de uma ocupação do Bexiga passaram a fazer aulas de capoeira com um integrante do teatro, partindo daí para uma ação educativa conjunta, envolvendo também arte dramática. Esse trabalho foi batizado de Movimento Bixigão. Alguns alunos participaram das montagens de Os Sertões, adaptação do livro de Euclides da Cunha.

Em 2007, o Movimento Bixigão foi selecionado pelo Programa Cultura Viva, do governo federal, e tornou-se um Ponto de Cultura, o que lhe permitiu receber recursos para desenvolver suas atividades. Os organizadores alugaram uma casa e iniciaram a programação em 2008 norteados pela montagem de um espetáculo. As aulas foram conduzidas por voluntários, a maioria do Teatro Oficina, cujo trabalho ia de técnicas corporais, passando por jardinagem, até comunicação digital, somando ao todo 14 temas. O encerramento da primeira turma do Ponto de Cultura foi celebrado com a peça Cypriano e Chan-ta-lan ou Sensações e Folias de 1973, de Luis Antônio Martinez Corrêa, irmão de José Celso, assassinado em 1987.

O Bixigão quer manter o financiamento que recebe como Ponto de Cultura, mas para isso precisará da aprovação de um novo projeto. A atriz e coordenadora Sylvia Prado conta que é difícil obter recursos para esse tipo de trabalho: "Desde o começo [2002] a gente já trabalhou com mais de mil pessoas. Hoje estamos com 21 alunos. Para eles [Ministério da Cultura e empresas de fomento] pouco importa o que conseguimos mudar na Isabela, no Ivan... Eles querem saber da quantidade, do selo, da propaganda. O Ministério da Cultura não tem ideia de quem somos. Se eles têm mais 20 Pontos de Cultura, isso é o que interessa no final da estatística". O AnhangaBaú da Feliz Cidade prevê também atividades para arborizar o Bexiga, uma ágora para servir como espaço de convivência e lazer e ainda a construção de dois prédios: um para abrigar um memorial do teatro paulista e brasileiro e o outro destinado à administração do projeto.

A arquiteta Célia da Rocha Paes conta que em 1990 a prefeitura de São Paulo realizou o Concurso Nacional de Ideias para a Renovação Urbana e Preservação do Bexiga, do qual ela foi coordenadora e que depois retomou na dissertação de mestrado "Bexiga e seus Territórios" (FAU/USP, 1999). O projeto vencedor – que propunha práticas coletivas de gestão do bairro, com intervenções nas áreas cultural e habitacional e a preservação de áreas verdes, entre outras disposições – não foi colocado em prática. Apesar disso, Célia diz que naquele momento as relações entre poder público e cidadãos – com mesas de discussão de trabalhos e o direito a voto na decisão final para moradores, proprietários e pessoas vinculadas ao bairro – criaram uma dinâmica refletida num pequeno núcleo organizado interessado em colocar essas ideias em prática.

José Celso participou dos debates daquele concurso. Hoje, ele e a Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona defendem o AnhangaBaú como solução para algumas carências do Bexiga e da cidade de São Paulo – proposta defendida num abaixo-assinado que está no site do teatro. No final do ano passado, o Grupo Silvio Santos havia trocado a ideia de shopping pela de um projeto residencial com 720 apartamentos destinados às classes média e baixa. "Não há muitos avanços ainda e, por isso, o GSS não se pronuncia sobre o assunto", comunica Tânia Baitello, assessora de comunicação do grupo. Enquanto isso, José Celso pressiona as autoridades para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) também tombe o teatro, o que garantiria a desapropriação do entorno. O enredo dessa trama permanece ainda inconcluso.

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